Uma águia mirando sua presa ou um urubu ao sentir o cheiro da carniça de algo já sem vida.Ela era a águia que estava em busca de comida para os seus filhotinhos que estavam com fome e desolados. Estavam prestes a morrer e ela sabia bem que a busca que fazia por comida era bem mais ardilosa do que apenas voar por entre as árvores em busca de algum tipo de alimento.
Sua busca, sua fome, era algo que ela não soube nunca dizer de onde vinha.
Alguns, como o James, achavam que tudo se resumia a dinheiro e, no fundo, sabia bem da verdade.
Por dinheiro estava sujando todo o solado do seu Louboutin no chão imundo da Scotland Yard* apenas para ter que falar baboseiras sobre um homem que merecia descansar em Paz.
Seus olhos firmes estavam fixos no movimento das pessoas daquele lugar. Ninguém parecia estar se preocupando muito com a vida dela ou do por quê de ter aparecido por ali e para ela, aquilo chegava a ser reconfortante.<
Seu conjuntinho Tweed, Chanel, estava dando um ar mais formal do que o de costume, junto ao seu cabelo preso num rabo de cavalo frouxo, adicionando um pouco de blush nas bochechas para não parecer tão pálida. Precisava de mais um cigarro, mas ao entrar, havia notado a quantidade de placas inúteis que falavam sempre a mesma coisa: 'Proibido fumar nesse local'
O que a irritava profundamente. No papel que tinha por entre os dedos nervosos, que também seguravam a bolsa, sabia que o seu andar era o primeiro e por isso não olhou duas vezes para os caras que deixaram de fazer o que quer que fosse para olhar a garota andando.
Ridículos.
Revirou os olhos pensando no quanto aqueles meros policias, pobres, teriam que trabalhar para pagar o batom nude que estava nos seus lábios. Nunca conseguiriam. Não era garota para o bico deles e sequer desviou sua atenção para os fardados. Tentou lembrar se por alguma vez, teve vontade de beijar um cara daqueles e soube que não. Gostava dos empresários, ricos e com ar de autoridade, não os subordinados que se encantavam com qualquer coisa que aparecesse; era garota para os mais afortunados, que não precisavam de qualquer objeto para se divertir. Era o melhor.
Andou até as escadas, subindo rapidamente os lances que precisava para caminhar até o primeiro andar.
Sorriu ao lembrar-se do subordinado que teria que encontrar, mordendo o lábio inferior ao notar que as coisas poderiam melhorar um pouco, se ele gostasse de se divertir junto a ela, como achava que aconteceria. Uma tarde inteira de compras no dia anterior não havia surtado o efeito desejado e ao chegar em casa, Serena se limitou a acabar com todo um maço de cigarros. Lembrou-se do que algumas pessoas gostavam de falar sobre seu vício por cigarros e não se importou nem um pouco; era viciada em nicotina e mesmo sabendo que nenhuma outra droga interessava a ela, aquela era uma que nunca deixaria de lado. Davam-se bem demais para que se afastassem.
Havia comprado dois pares de Louboutins, 3 vestidos Chanel e mais algumas blusas Burberry, não achou nenhuma bolsa que fizesse a sua cabeça e aquela pequena brincadeira havia custado 20 mil libras. Dinheiro não era o seu problema, ao lembrar as 500 mil libras que se encontravam na sua conta particular. Queria pagar logo com juros o que devia a ele e que aquilo acontecesse logo, já que os seus nervos pediam pelo corpo dele junto ao dela.
Todos os dias o seu pensamento corria para uma única direção e, por mais que soubesse que a culpa daquilo tudo era a abstinência, teve que acreditar que o propósito era o dinheiro que ele possuía. Homens ricos eram extremamente sedutores para ela, diferentemente de homens bilionários, os quais não conseguia sequer dizer não.
Ele era do tipo bilionário. Serena nunca conseguiria dizer não.
- Como vai, Serena? – Escutou aquela voz que tanto causou repulsa pelo o seu corpo durante anos. Limitou-se a virar o rosto na direção do homem que havia proferido aquelas palavras e forçou um sorriso amarelo, sabendo que não passaria despercebido ao outro. – Mais uma encrenca, não é? – Sua voz se fez presente mais uma vez e o estômago foi embrulhado de maneira que sabia que acontecia apenas com o homem perfeitamente bem vestido parado a sua frente.
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Prostitute
Roman d'amourNem toda prostituta é um objeto de luxo, mas certamente, toda garota de programa sonha em ser um brinquedo luxuoso de alguém. Serena, nome fictício para uma mulher de origem pobre que teve os conhecimentos certos para chegar onde chegou. A sofistic...