La vie in rose (adaptada)

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Gente eu não consigo nem explicar o quanto eu amei essa shortfic quando eu li ela a dois anos atrás e o quanto eu acho que ela estranha agora kkkkk

O cheiro dos quitutes caseiros estava no ar. A avó de Christen, Eva, sempre fora uma cozinheira de mão cheia. Todos os convidados presentes na residência dos Press estavam adorando os deliciosos canapês feitos pela mulher. 
A sala de estar, decorada em tons pastéis, parecia ainda menor com todos os familiares e amigos ali. Eles cochichavam alto e riam de tudo, num bom humor invejável, parecendo nem se importarem com as músicas impróprias norte-americanas as quais as irmãs colocavam no notebook, este conectado a altos falantes no penúltimo volume. As bochechas coradas indicavam o estado não sóbrio da maioria dos indivíduos, incluindo Servando e Alex, que já falavam em um inglês carregado pela quantidade de cerveja que beberam.

_ Vocês americanos - Alex disse, esparramada no sofá._sabem como dar uma festa.

A morena vestia uma calça jeans skinny preta e uma blusa estilosa da Gucci, trazendo nos pés um par de Louboutins vermelho. Seus olhos azuis mal mantinham-se abertos.
_ E as meninas aqui são tão lindas - completou, virando o rosto para Alex que estava sentado ao seu lado._ Mas não mais que você, neném da mamãe.

Ela o olhou repreensivo, do mesmo modo que uma mãe olha para uma criança malcriada.

_ Jura? Então por que você não parou de flertar com a prima da Christen? Bem na minha frente, Servando!

_ Ela q-que estava dando em cima de mim - e soluçou._ Mas se você topar poderíamos os três-

Christen mordeu a própria língua, levantando-se no braço do sofá com um pulo.

_ O assunto está bem fluído, mas prefiro não ouvir planos de um ménage à trois que envolvam a minha prima mais nova. Eu vou ir ver se o Löic chegou bem em casa.

Os morenos apenas assentiram, voltando a discutir quando Christen lhes deu as costas. O namoro deles, por mais chocante que soasse, ia muito bem. Quando Servando lhe disse que dormiu com Alex em uma noitada, por descuido das duas partes, Christen não soube o que pensar. elas eram como cão e gato, viviam brigando por qualquer coisa e a personalidade infantil de Alex não batia com o jeito racional e prudente de Servando; eram dois lados de uma mesma moeda, que mais discutiam que conversavam descentemente. Ela se sentia um amortecedor no meio desses polos tão opostos, visto que, no começo, eles demoraram a lidar com os seus sentimentos e, por um tempo, Alex evitou Servando como se ele fosse uma das sete pragas do Egito. Foi necessário muito diálogo e intervenção da sua parte para fazer com que os dois aceitassem conversar sobre o ocorrido. Só foi preciso um encontro para no dia seguinte os dois aparecerem de mãos dadas no refeitório. Ninguém pareceu chocado quando tornaram tudo oficial, mas Christen ainda se sentia enojada vendo os dois trocarem saliva na sua frente — a pior era saber que faziam sexo no mesmo quarto em que ela dormia. Eca!

O barulho do roncar de motor de carro a acordou do seu transe. A tela do celular havia apagado, ainda em suas mãos, e um Maserati azul meia noite vinha em baixa velocidade pela avenida. É, o destino realmente adorava fazer da sua vida um filme de baixo orçamento, mais precisamente por ser Tobin Heath a condutora do automóvel.

Ela se colocou de pé rapidamente, assustada e confusa: deveria correr para dentro da casa ou ficar ali? Se ela entrasse e ela aparecesse na festa, o que falaria para a sua família? As irmãs a perturbariam por um autógrafo e Servando, se visse Tobin, a agrediria verbalmente enquanto Alex, por outro lado, a agrediria, com certeza, fisicamente. E todos os vizinhos e família? Como explicaria para aquelas quinze pessoas que conheceu a jogadora em uma casa noturna na capital da França? Não, ela precisava coloca-la para correr antes que os espectadores se reunissem do lado de fora.