o dia em que tudo mudou

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- não isso não esta acontecendo... - já em prantos, e não acreditando em tudo oque ouvi - não i-isto não pode estar acontecendo, diz que é apenas uma brincadeira - já soluçando, e não podia ser, saio correndo da sala e vou para meu quarto pegar meu celular, disco o numero de minha mãe e cai direto na caixa postal, ligo para o hospital e no segundo toque uma moça, provavelmente enfermeira, atende.- oi gostaria de saber se Mandy Teefey deu entrada nesse hospital hoje.

- sim senhora - a enfermeira diz e ouço ela digitar em seu teclado

- sabe me dizer que horas e em que estado ela esta?- depois de digitar mais algumas vezes ela responde novamente com sua voz suave.

Ela deu entrada à 30 minutos, e esta em estado de emergência, a senhorita e da família? Precisamos de familiares acompanhando a cirurgia - cirurgia? Continuo sem entender mais finalizo a ligação sem respondê-la, pego uma jaqueta e saio as pressas de casa com Crist gritando atrás de mim querendo saber aonde vou.

-dona Melanny aonde você esta indo assim às pressas? Me espere também vou com você - chega do meu lado com cara assustada e me acompanha ate o carro, mas me empede de entrar já que estou muito nervosa , bufo pra ela e sento-me no banco do passageiro - pra onde vamos?.

-hospital central.- disse por fim

Não posso ficar sem minha mãe, isso não pode estar acontecendo, ela me prometeu que não iria me deixar nunca mais.

Flashback on

- não mãe você não vai,- já esta começando a gritar com ela em meios aos soluços - por favor não me deixa de novo mãe, por favor mãe.

Minha mãe trabalha em uma empresa muito importante aqui em los Angeles ela e uma das sócias da empresa, por isso nem para muito em casa, sempre esta viajando á trabalho, e me deixando sozinha em casa com nossa empregada Cristhinna que já trabalha para minha família muito tempo já, e é de muita confiança. Quando minha mãe viaja crist é a única pessoa que cuida de mim, pois meu nos abandonou quando eu tinha um ano de idade, pois é, nem conheci meu pai.

- filha é muito importante pra mamãe, eu não posso deixar a empresa na mão de qualquer, meu bem, - minha mãe sempre dizia a mesma coisa, eu deixava ela ir, so que agora é diferente ela vai ficar duas semanas fora e normalmente é apenas uma,mas nessa eu sinto algo diferente, não sei dizer oque é, como um aperto no coração.

- mãe não me deixa, por favor!- em prantos peço novamente, ela me olha com um olhar triste.

- mellany, eu prometo minha filha que não vou te deixar tão cedo assim, vai ser apenas uma viajem normal, prometo que vai ficar tudo muito bem...- ela diz pegando as malas e se despedindo de nós. Entra no carro e acena com a mão e nos acenos de volta. E assim ela se foi novamente.

Flashback oof

Era isso mesmo os médicos levaram-na para a cirurgia de demorou cinco horas, ela esta no quarto em observação, as enfermeiras me deixaram entrar para dar uma olhada nela por dez minutos. Ela esta dormindo em um sono profundo, pego na mão dela e acaricio o seu rosto que esta pálida com os lábios um pouco roxo, os aparelhos ligados a ela são muitos, e não param um minuto de fazer esses barulhos estressantes, dez minutos se passam, me despeço dela com um beijo de boa noite e digo que amanha volto vela.não estou com disposição para ficar ali e Crist me faz ir para casa descansar para ficar amanha com ela o dia todo.

Tomo um banho demorado e quente, coloco meu pijama e sento no sofá para assistir algo de interessante para distrair, pego no sono e acordo com o celular tocando, ignoro e me arrumo novamente no sofá, o celular toca mais duas vezes freneticamente, então atendo sem olhar o nome ou numero.

- oi? Porque ta me ligando essa hora da madru...- paro de falar quando escuto o choro agudo olho na tela do celular e vejo que é Crist - Crist oque houve? É com minha mãe? Crist me responde, - ela continua soluçando e diz que sente muito ao meios de seus soluços, desligo o celular chamo um táxi e vou para o hospital, encontro Crist com olhos roxos de tanto chorar, ela estava soluçando forte. Quando vejo ela desce jeito sinto meus olhos arderem, minhas bochechas começam a lateja com as lagrimas que escorrem. Saio correndo da sala de espera e entro no quarto que minha mãe estava horas antes, mas o quarto esta vazio, volto pra Crist ela já estava um pouco calma, me olhou e disse que minha mãe teve um infarto há uma hora, mas não atendi por achar que ra bobagem.Minhas pernas ficam moles e começo a soluçar junto com as lagrimas que não param de cair, me sento na cadeira e não sei oque fazer, me sinto péssima e com o coração em pedaços..

o presidente da empresa quem organizou o velório já que minha mãe não tinha familiares que pedissem fazer isso por ela, aviam pessoas que eu não conhecia, ou que só vi de longe. Todos me deram consolo e não paravam de me falar como minha mãe era uma pessoa boa e que a queriam muito bem. Já estava cansada quando levaram seu corpo e não agüentei e pedia para que o motorista me levasse, não agüentava mais ficar ali, e não iria aguentar ver o corpo de minha mãe ser coberto terra, muita terra.

Em casa tomei banho e me deitei, três dias se passam e nem saio do meu quarto, pois Crist me trazia as refeições no quarto, não estava em condições de ir para a escola.

Os advogados estavam resolvendo tudo a minha guarda, mais fiquei sabendo que meu pai me mandou para um reformatório, pois não me queria, ele disse que eu me drogava, bebia, e não parava em casa, disse isso porque não me queria. Então me mandou para um reformatório ate ficar de maior. Eu já ia me mudar pra lá no final de semana, Crist arrumava minhas coisas chorando muito, dizia que meu pai não prestava a todo segundo, como se eu não soubesse disso.

E amanha partirei.

PRAZERES INSACIAVEISOnde histórias criam vida. Descubra agora