Klement Maczýc
Então uma hora estou por baixo e a outro estou por cima. Sentado em cima do volume de Ross enquanto ele mexe o quadril e seu volume se arrasta na minha bunda. Ele arfa enquanto nos beijamos. Suas mãos fechadas na minha bunda.
― Tira a roupa. ― diz Ross quando paramos de beijar para respirarmos.
Me afasto de sua boca e olho para baixo na sua direção com um sorriso no rosto. Pego na ponta da minha camisa e a puxo e depois a jogo no chão. Ross me olha de um jeito guloso enquanto passa a mão pela minha barriga, sua mão vai nas minhas costas e faz um movimento indicando para eu me curvar de novo. E é o que eu faço e ele me beija mais uma vez.
Minhas mãos descem pelo seu torso enquanto nos beijamos e eu pego na base da sua camisa e a puxo também. Subindo devagar e depois a tiro quando paramos de nos beijar. Olho para ele e depois olho para o seu torso e para seu abdômen quase nada definido, mas sexy da mesma forma. Subo meu olhar e paro em um de seus mamilos, ou melhor, aonde não tem um deles.
― Uma vez eu fui pego. ― diz Ross percebendo o meu olhar. ― Lennon chegou a tempo antes que os mafiosos me matassem para contar o local que Lennon estava. Na tortura eles arrancaram um dos meus mamilos.
― Sinto muito. ― digo.
― Todo soldado tem as suas cicatrizes. ― responde ele.
Sorrio.
― Vem... vamos tirar as partes de baixo. ― diz ele.
Saio de cima dele e ficamos no meio do quarto sem camisa enquanto nós dois desfazemos os laços que prendem os calções para eles não caírem.
― Você não usa cueca. ― constato quando só eu fico de cueca e eu fico olhando para o seu membro meia-bomba.
― É mais... fresco nesse calor. ― responde Ross e se senta na cama.
Tiro a minha cueca e a jogo para o lado.
― Caralho. ― diz Ross.
― O que foi? ― digo olhando para o meu corpo para ver se eu tenho um terceiro testículo ou algo do tipo.
― Seu pau é maior que o meu. ― diz ele sorrindo.
Sinto minha pele ficando vermelha e me sento na cama ao seu lado. Estou tímido novamente perto dele.
― Preparado para... ― diz ele sorrindo.
― Hã... não estou entendendo. ― respondo.
Ele sorri.
― Dar para mim. ― responde.
― Ah... ― respondo um pouco sem graça. ― Vamos fazer assim, para não ficar chato os dois fazem, pode ser?
― Desculpa, Klement. ― responde ele. ― Mas eu não sou de dar, eu só... como.
― Nem sexo oral? ― pergunto.
― Só se você quiser fazer em mim. ― responde Ross. ― Não chupo o pau dos outros.
― Desculpa... ― balanço a cabeça. ― Não... consigo com isso.
― O que? ― pergunta Ross.
― Você tinha razão, eu não... não tô preparado. ― respondo.
― Mas...
― Edmund, por favor. ― digo.
― Tudo bem. ― responde Ross pegando suas coisas do chão. Ele coloca o calção e olha para mim. ― Quando quiser alguém pra foder de verdade, você sabe aonde me encontrar, novato. E... hã... não fala para ninguém sobre isso não, tá bom? Eles não sabem que eu fodo com caras.
Ele abre a porta do quarto bem na hora que meu pai está parado com a mão erguida para bater. Ross para no batente da porta.
― Sr. Salvatore. ― diz Ross, a voz mais contida?
― Ross. ― responde meu pai olhando do peito nu de Ross para mim na cama que me cobri com o travesseiro. ― Espero não ter atrapalhado nada.
― Sim. ― diz Ross. ― Quer dizer, não, o senhor não atrapalhou. Com licença.
Ross passa apressado pelo meu pai que me olha da porta.
― Eu volto uma outra hora. ― diz ele.
Pensei que ele fosse gritar, surtar comigo, mas tudo o que ele faz é fechar a porta com um olhar tristonho. Suspiro na cama e me deito.
Que se foda Edmund Ross e sua segunda vida secreta que ele tem vergonha de mostrar. QUE SE FODA!
Me viro na cama e fecho meus olhos. Talvez seja a bebida ou o cansaço depois de tudo o que aconteceu no dia, mas logo eu caio no sono. Um sono cheio de pesadelos com os gritos dos mortos de hoje.
* * *
Na manhã seguinte acordo com um alarme tocando. Visto minha roupa apressada e corro no corredor com alguns outros soldados e logo estamos no deque a luz do sol nascente e vemos Lennon e Tantalo Scafidi parados em cima de um tablado.
― Essa noite. ― diz Tantalo. ― Um de nós nos traiu.
Murmúrios. Olho ao redor em busca do meu pai, mas não o encontro em lugar nenhum. Vejo Ross me olhando, quando percebo estou o encarando e ele pisca para mim. Reviro meus olhos e volto a prestar atenção nos irmãos Scafidi.
― Um dos nossos soldados mais valentes foi encontrado degolado essa manhã em sua cabine. ― continua Tantalo e olha para o irmão.
Lennon continua:
― Salvatore Maczýc...
E tudo fica mudo ao meu redor enquanto Lennon continua falando. Meu... pai... morto? Não... não pode ser!
Olho para onde Ross estava e não o vejo mais. Sinto as lágrimas descendo pelo meu rosto... dou a volta para voltar para o meu quarto, mas sinto uma mão contra o meu ombro e quando olho vejo Tantalo Scafidi me olhando.
― Meus pêsames, Klement. ― diz ele. ― Saiba que Lennon e eu não vamos parar até descobrir quem fez essa atrocidade com o seu pai.
Me surpreendendo ele abre os braços e me envolve em um abraço. E depois, um monte de soldados que admiravam o meu pai me abraçam e me dão os pêsames deles. Todos falam alguma coisa comigo. Menos Edmund Ross. A última pessoa a vir a mim é Lennon Scafidi. Ele me abraça e depois me olha nos olhos.
― Sei que não é o momento. ― diz Lennon. ― Mas você sabe que o cargo que Salvatore pertence a você. Bem-vindo a família, Klement.
Engulo em seco, é o momento de negar... você sempre quis isso Klement...
― Obrigado. ― respondo. DIZ. DIZ! ― Eu vou tentar me esforçar ao máximo para chegar aos pés do meu pai.
Lennon assente e se afasta. Mesmo que a negação grite dentro de mim, eu preciso estar agora. Porque qualquer um dentro desse cargueiro pode ter matado o meu pai. E eu tenho um alvo número um na minha cabeça: Edmund Ross.
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Nota do autor: AAAAA tá acabando o conto do Klement. E aí, o que acharam?
🎵 Música tema desse cap: Dreamer - Livin' Joy 🎵
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ARQUIVO FAMILIAR - Os Irmãos Scafidi #Contos | Em Andamento
Short StoryLivro de contos da família Scafidi