Capítulo 6

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Bailey May....

Desespero

Estado de profundo desânimo de uma pessoa que se sente incapaz de qualquer ação; desalento estado de consciência que julga uma situação sem saída; desesperança. 

Esse é o significado dessa única palavra, mas que causa um estrago grande na sua consciência.

Ver Joalin nos meus braços desmaiada foi aterrorizante, o sentimento de culpa bateu, por que eu tive que ser tão idiota? Ela pediu pra parar droga!

- Bailey, o que você tá fazendo com elas nos braços novamente - a voz da minha namorada soa pela sala enquanto eu tento levar Joalin pra o quarto dela

- Ela desmaiou Cat, por minha culpa vou levar ela para o quarto. - falo já irritado

- E não tem outra pessoa não pra fazer isso, por que logo você?

- Caramba Cat, foi culpa minha! Eu quero ajudar ela e vou ajudar independente do que você falar - falo colocando o pé no primeiro degrau da escada.

- Pepe, pega ela ali por favor  - ela fala para o meu amigo que chega na sala por causa da bagunça

- Não precisa Pepe, pode deixar que eu a levo. - ele assente

- Mas ela tá bem? - ele se preocupa

- Vai ficar - continuo para o próximo degrau.

- Bailey, se você subir mais um degrau com essa garota nosso namoro termina aqui - ela fala chorosa

Paro por um instante, como ela pode fazer uma coisa dessas? Lembro da conversa que tive com Joalin semana antes de ontem

"-Que seja! Eu não estou fazendo nada de errado. Me ajuda, o que eu devo fazer? - Havia desespero em meu rosto, eu realmente queira uma resposta.

- Eu não posso dizer o que você precisa fazer Bailey, só você pode dizer isso. Se algo tá fazendo mais bem do que mal pra você, você tem que ver uma forma de pararem de brigar para dar tudo certo, mas se te faz mais mal do que bem, medidas devem ser tomadas, antes que os dois saiam machucados."

- Foi um privilégio ser seu namorado por um tempo Cat, mas já tem um tempo que nós não somos mais os mesmos - Ela olha horrorizada sem acreditar na minha resposta - Espero que você seja feliz e encontre alguém legal também, mas a gente realmente não pode continuar com isso se não há confiança.

Sinto meus braços doerem, mesmo Joalin não sendo pesada, mas ela não é tão pequena, simplesmente viro e continuo a subir nas escadas. Abro a porta de seu quarto e a coloco em sua cama, fico triste de não poder ver seus olhos azuis pelo fato de estarem fechados pelo desmaio, uma lágrima solitária desce pelo meu rosto, se algo pior tivesse acontecido eu não suportaria levar mais um peso na minha consciência, não podia acontecer de novo. Seco o rosto quando vejo a porta abrir e vejo minha irmã entrar.

- Ela vai ficar bem Bailey, não adianta se culpar, você não sabia que ela não sabia nadar. - ela se aproxima de mim e me abraça.

- E se acontecesse algo eu iria me culpar por mais uma coisa, já não basta o que aconteceu com a Maaya - falo tristonho

- Você sabe que o que aconteceu com nossa irmã não foi culpa sua Bailey, para de se culpar.

- A responsabilidade era minha Sabi, mas deixa pra lá, você nunca vai entender, a questão agora é a Joalin.

- Ok - ela fala por fim.

Um silêncio chato dura uns três minutos enquanto olhamos para a loira dormindo

- Impressionante como em tão pouco tempo Joalin já conquistou todo mundo, ela é uma luz que veio pra nos iluminar, mas uma luz que precisa de cuidados, só de olhar pra ela a gente vê isso - Sabi fala olhando pra sua amiga - Ela vai ficar bem Bailey

- Eu sei, vou ficar aqui até ela acordar

- Ok

Ela dá tchau, beija a testa de Joalin e vai embora.

Fico olhando Joalin dormir por um tempo até que não aguento mais, meus olhos começam a pesar pelo sono e caio na sua cama.

(...)

- Bailey - sinto alguém me balançar - Bailey... Acorda, você tá bem?

Vejo um par de olhos azuis prelcupados e por instinto faço algo louco, me jogo em seus braços em um abraço tão forte que pensei que fosse quebrar ela, mas não liguei, meu medo de acontecer o pior foi maior

Ela exita um pouco em retribuir o abraço, mas logo sinto seus braços rodeando meu pescoço, enquanto aperto meu abraço em sua cintura, ela abaixa a cabeça em meu ombro e sinto suas lágrimas pingando em minha camisa

- Eu estou bem Bailey, você me salvou.

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