𝐒𝐮𝐫𝐩𝐫𝐢𝐬𝐞.

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— A temporada na Alemanha acabou e eu pensei em vir te ver. - Philippe disse.

— E veio me ver no seu clube rival? - Ri.

— Ah qual é, Gio? Faria qualquer coisa pra matar a saudade. - Ele disse.

Ok. Há algumas coisas que eu não deixei tão claro no começo de tudo isto. Philippe e eu, por algum tempo que ele e Ainê deram um tempo, nós acabamos ficando algumas vezes. Mas, da minha parte aquilo era como um passatempo. Philippe não encarou da mesma maneira.

— Couto, se foi pelo o que aconteceu há um tempo atrás, você sabe que isso não pode acontecer mais né? - Expliquei.

— Claro, Giordana. Eu só estava com saudade da minha melhor amiga! - Respirei fundo. - Será que a gente pode esquecer o que aconteceu lá no passado? Eu te amo muito e sua amizade é importante. - Eu apenas encarava-o - Não vai me dar um abraço? - Fui até o garoto e o abracei, mais forte possível.

— Eh, ops. Não quis incomodar. - Gabriel abre a porta e nos vê abraçados. - Aliás, eu não sabia que a senhorita Barbieri tinha um namorado e nem que ele fosse Philippe Coutinho. - Ele sorri ironicamente.

— Primeiro que eu não deveria dar explicações da minha vida pessoal para os meus colegas de trabalho, mas nós não somos um casal. - O camisa nove arqueia a sobrancelha. - O que você queria comigo? - Era extremamente explícito o jeito que Gabriel tinha capacidade de me deixar boba e ao mesmo tempo nervosa.

— Vim passar para te dar boas-vindas e ver se está dando tudo certo no seu primeiro dia, mas eu não queria incomodar. Desculpa. - Ele cantarola a ultima palavra de sua frase e se retira do meu escritório.

— Ok. O que foi isso? - Couto perguntou.

— Nada demais. Só mais um jogador abusado. - Tentei fugir do assunto.

— Caso queira saber, eu não acreditei nessa sua historinha. Você mente muito mal. - Ele diz passando por mim. - To indo pra casa, vou ver como a família está. - Ele disse com um tom tediante.

— Good luck, little magician. - Sorrio para o mesmo e ele vem me dar um beijo de despedida, se retirando a seguir.

Saio da minha sala e vou até o bebedouro mais proximo para encher minha garrafa. Continuo andando e vejo que estou quase perto do vestiário e não encontro nada.

— Ai que saco. - Eu disse e estou prestes a sair andando, quando uma mão segura meu braço. - Estou realmente ficando com medo de você. - Eu disse encarando os olhos do moreno à minha frente.

— Não sou tão assustador assim. Ou pelo menos eu não era na noite passada. Ou talvez você tenha Espectrofilia. - Ele disse.

— Deus me livre garoto. E eu nem sei o que è isso. Não acha que já passou da hora de você ir embora? - Perguntei.

— Quanta educação, senhorita Barbieri. Impressão minha ou você esta me expulsando? - Ele riu.

— Longe de mim fazer uma coisa dessas. - Eu disse e ja estava andando de volta para a minha sala, porém ele me segue. - Ok. Quer me dizer o que quer, Gabriel Barbosa? - Parei no meio do caminho e ele repete meu ato.

— Ia te fazer um convite! - Ele sorri.

— Convite? - Já estava voltando a ficar nervosa novamente.

— Minha familia tem costume de fazer isso com pessoas que acabam de chegar do exterior, nada mais justo do que fazer jus. - Ele disse e eu arqueei a sobrancelha.

— Algo me diz que è mentira. Te dou mais uma oportunidade de me convencer. - Digo.

— Ta, ta. Não tem nada de família, mas eu só queria te conhecer. - Ele disse.

— Caraca, Gabriel. Com quem você aprende a como convidar uma garota para sair? - Eu disse. - Não sei com que tipo de mulher você è acostumado a sair, mas se quiser realmente isso, vai precisar se esforçar, Gabe. - Pisquei para o mesmo e me dirijo até a minha sala, a trancando.

Respiro fundo e me sento na minha cadeira.

ყσu • gαвriєℓ вαrвσsαOnde histórias criam vida. Descubra agora