𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄

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—— ANTHONY;

— Precisamos conversar.

A voz séria da Eliot ecoa pela sala me dando um leve susto, me encontrava virado no sofá assistindo uns dos meus animes favoritos, não consegui dormir a noite então fiz como todo adolescente sensato fui assistir naruto, aqui é cultura.

— Ok, pode falar. — desliguei a televisão me sentando no sofá, agora estávamos lado a lado. — O que você quer conversar?

— Sobre nós, como aconteceu, lugares... — meu coração iria explodir, o jeito que nossa história mexe comigo é diferente, eu fico todo bobo e rendido pela história. Assinto ouvindo todos os pedidos com um pequeno sorriso ladino em meus lábios, era bom ouvir ela falar sobre esse assunto.

Sentia até um pouco de esperança.

— Depois de mais ou menos um mês que eu estava na cidade, eu já estava completamente apaixonado por você. — fui sincero. — Foi quando eu pedi ajuda do joey sobre como te chamar pra sair, achei que ele soubesse mas foi engano meu.

— Ele nunca acerta nada meu, ele é meu melhor amigo atoa aquele cabra safado. — revirou seus olhos, o jeito que a Ellora usava "palavrões" é muito engraçado.

— Continuando, começamos a sair e foi rolando, sabe? — eu sei que ela não sabe. — Até que você disse me falou que só faltava uma semana para você ir embora, acho que uma das maiores dores que eu senti.

— Qual foi a maior? — questionou curiosa. — Chute no saco?

— foi mesmo, um chute da sophia no dia que eu manchei o casaco da One Direction de tinta, foi sem querer mas ela não acredita. — rimos mas só de lembrar da dor parece até Wi-fi, conecta na hora. — Vou continuar, se não você não me deixa terminar nunca. Aproveitamos aquela semana de um jeito inexplicável, foi a melhor semana da minha vida. — sinto minhas bochechas arderem só de estar comentando isso com ela. — Mas junto com a melhor semana, veio o pior dia. Eu lembro perfeitamente do dia que você partiu,  sua maquiagem estava escorrendo pelo seu rosto e o meu coração quebrado. — meus olhos já estavam lacrimejando. — Quando eu soube que você tinha voltado e descobri sobre a amnésia, eu tentei me convencer que tudo ficaria bem, que logo se lembraria de tudo assim que me visse, mas não foi o que aconteceu.

— M-me desculpa, mas não é culpa minha... — sua voz estava um pouco rouca provavelmente de segurar o choro, eu ainda a conhecia bem.

— Eu sei que não é! — meus olhos azuis foram em encontro aos seus. — Mas eu não estou nada bem, só sinto meu coração bater de verdade quando estamos juntos e isso me quebra, afinal meio que não estamos mais juntos.

Um silêncio toma toda a sala, seco minhas lágrimas teimosas com as mangas do meu moletom. O clima estava tenso, ela não falava nada só olhava pro chão, acho que não deveria ter falado tudo aquilo, não agora, talvez ela não estava preparada.

— Podemos tentar fazer tudo de novo, alguma coisa vai fazer com que eu lembre de tudo isso e fazer tudo voltar ao normal! — quando ela falou sobre o assunto de "tentar", trouxe uma sensação de alívio, ouvir aquelas palavras saírem de sua boca me deixou tão feliz.

— Você tem certeza que vale a pena tentar? — pergunto encarando os olhos da garota e a mesma assente com um pequeno sorriso em seus lábios. — Meu deus, acho que vou surtar! — disse alegre beijando a bochecha da garota várias vezes logo em seguida lhe abraçando fortemente.

𝐀𝐌𝐍𝐄𝐒𝐈𝐀 || ANTHONY R. Onde histórias criam vida. Descubra agora