Finn

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Acordei com o despertador tocando. Eram 5:30, hoje ia ver a borracharia com Burt, meu padrasto, seria um dia longo, já que iriamos limpar e organizar o local, quando fui até a cozinha, Kurt já estava acordado e preparava Waffles, ainda estava vestido com seu pijama.

- Desde quando está acordado? - Perguntei e ele deu de ombros e se virou, colocando as panquecas no prato. - Kurt? - Falei com repreensão.

- Desde as 3:45. - Ele falou e eu dei um pequeno sorriso.

- Um novo recorde. - Eu disse animado. - uma hora e meia a mais que a última vez.- Ele sorriu e começou a preparar meu café e o de Burt. Minha mãe era enfermeira, e hoje ela iria chegar só as 21:00 por causa do plantao.

- Bom dia garotos! - Burt apareceu sorrindo. - Está acordado a quanto tempo? - Ele perguntou.

- Kurt durmiu uma hora e meia a mais, não é incrível. - Desde o ocorrido com Kurt, ele não dormia, ele passou meses acordado, tínhamos que dar remédios para ele dormir, mas os médicos aconcelharam tirar para que ele não se tornasse dependente do medicamento. Depois que tiramos ele passou a dormir uma hora por noite, mas não podíamos medicar ele e depois ele passou a dormir mais. Ele dormiu até as 3:45, isso significa que dormiu quatro horas e meia essa noite.

- Vamos ver a borracharia hoje. - Burt falou animado. Era bom ver ele assim, fazia meses que Burt não dava sequer o sorriso. Finn se lembrava de quando ele recebeu a ligação, ele quase infartou pela segunda vez.
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Eram 22:56, Kurt chegava em casa todos os dias as 15:00 em ponto, principalmente nas sextas-feiras, e quando ia se atrasar, ele ligava, porém, não teve nenhum aviso.

- Burt, fica calmo, ele vai chegar. - Minha mãe falou, mas eu tinha certeza que era mais para ela do que para Burt. Eu estava preocupado.

- Anda Kurt, faz alguma coisa cara... - Eu olhava para a porta, mas ninguém abria, foi quando decidiram assionar a polícia.

Eram 00:35 e nada de Kurt, Burt chorava desesperado.

- E-eu quero meu garoto, Carole... Eu quero meu filhinho... E-eu deveria ter ido buscar ele... - Então o telefone tocou e Carole resolveu atender, porque se a notícia fosse ruim, ela preferia dar.

A cara da minha mãe, era de pavor, as lágrimas escorriam e ela deixou escapar um soluço. Burt abaixou a cabeça, ele não podia imaginar perder seu único filho, o bem mais precioso que ele tinha.

- E-estamos indo... O-obrigada por tudo. - Ela se virou para Burt após desligar o telefone. - Você... p-precisa r-respirar... Kurt pre-precisa do pai dele. - Burt olhou para Carole, com um olhar de questionamento. - Ele está vivo... mas não está inteiro. - Depois de explicar o que aconteceu com Kurt, eu tive vontade de vomitar e depois eu fui tomado pela raiva e queria ir atrás de cada desgraçado que feriu meu irmãozinho.

- E-eu vou matar cada um! - Burt falou se levantando com raiva e eu me levantei.

- Eu ajudo! - Falei seguindo ele.

- NINGUÉM VAI MATAR OU IR A LUGAR ALGUM QUE NÃO SEJA O HOSPITAL! - Nunca tinha visto minha mãe assim. - Kurt precisa de nós lá, segurando a mão dele quando acordar.

O caminho foi tão silencioso, quando chegamos, fomos a recepção.

- Somos a família de Kurt Elizabeth Hummel. - Eles foram guiados por uma enfermeira até o quarto.

- O psiquiátrica virá conversar como vocês, e... Ele vai acordar assustado, desorientado e com... muita dor. - Ela tentava não se emocionar para não fazer com que ficássemos ainda mais preocupados.

Loser Like MeOnde histórias criam vida. Descubra agora