O conhecimento

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Leena olhou para a menina sentada na poltrona, com as mãos incertas e ofereceu um sorriso morno e calmo. Oh, ela entendia o que era estar naquele papel, ser exposta e olhada. Ela entendia a novidade e a insegurança.

- Eu sou sua tutora agora, Eve. Isso vai acontecer um bocado de vezes. - Garantiu. - Não precisa ter medo e nem vergonha de mim.

- Eu não... - Mas ela estava. Oh, ela estava!

- Olha... se quiser eu viro de costas enquanto tira a roupa. - Tentou deixar a menina mais confortável.

- E se eu... se eu não quiser. Fazer isso. Agora, pelo menos.

- Eve... - Leena deu um olhar de compaixão. - Lembra do combinado que tinha nos papéis? Hum? Sobre obedecer... eu não vou lhe bater e nem nada assim, não hoje e certamente não assim, mas desobediência não é permitido. Isso aqui não é nada demais. Quer ajuda? Quer que eu tire sua roupa?

- Deus, não. - Arregalou os olhos. Agora ela entendia porque Lavina tinha chorado.

- Então, vamos, tire e venha se deitar. Não vai ser nada demais.

- Não quero. - Falou finalmente. - Talvez a gente possa fazer depois.

- Não. - Determinou Leena. - Não, Eve, não é assim que isso funciona. Eu sou responsável por você agora e não vai me esconder nada. Eu sinto muito, querida, mas é assim que vai ser. Agora, eu quero que tire a roupa e se deite, ou eu vou fazer isso por você. E eu realmente preferia que isso fosse calmo.

- Tá... tá... - Concordou a menina. - Mas eu não vou tirar tudo... eu vou ficar pelo menos com minhas peças íntimas.

- Não. - Leena negou rapidamente. - Eu disse tudo, Eve, e não me desafie. Se está querendo me esconder algo, pode ter certeza que não vai funcionar. Eu vou virar de costas agora e se você não estiver nessa cama em dois minutos, eu vou te ajudar.

Evelyn se sentia frustrada e sem saída. Sentia a garganta com um nó e com vontade de mandar tudo para longe. Ela estava indo tão bem... porque Leena tinha que mexer com ela? Levantou-se, pensando se tirava a roupa ou não, e considerou suas opções. Ela ia fazer o que? Ela não tinha força para segurar ela na cama e a examinar inteira. Não tinha... ela ia embora. Ia para a porta, caminhando, como entrou e...

- Evelyn. - Leena virou-se para ela quando ouviu os primeiros passos. - Eu não sou a única professora aqui, e tem gente o suficiente para te segurar pra mim. - Prometeu, agora muito mais séria. - Está fazendo uma tempestade em um copo de água. Acha que eu vou ficar surpresa ou não sei o que vou achar aí? Devo te lembrar que eu também sou uma mulher? Ou que sou sua tutora agora e que preciso manter você bem? Torne isso mais fácil para nós duas e tire a roupa de uma vez.

- É meu corpo! - Evelyn protestou.

- Sim, e vai continuar sendo seu. Só que eu vou ver. Só isso.

O rosto de Evelyn foi ficando vermelho e Leena podia ver raiva e descontrole ali. E, mesmo assim, a menina começou a puxar a blusa do corpo. Ótimo, pensou Leena, era melhor assim.

- Eu não vou ficar toda nua. - Avisou.

- Vai. E pare de me responder. - Falou sério Leena, vendo que a menina jogava a blusa no chão, com raiva e já ia abaixando as calças.

Um sutiã com seios médios dentros, em tons de cinza, e uma calcinha do mesmo tom. Ela era magra, mas não era demais, tinha suas curvas, e era branca como alvejante. Cruzou os braços na barriga, escondendo-a, envergonhada e olhou para Leena.

- Calcinha e sutiã. - Falou Leena.

- Não.

- Na cama. - Bufou Leena e esperou a menina ir até sua cama e deitar-se. - E tire as mãos da barriga. - Ordenou chegando perto dela com uma lanterna e puxou-lhe as pálpebras dos olhos para examinar ali. 

MoonfallOnde histórias criam vida. Descubra agora