Amor de Mãe

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Só para avisar que este vai ser um capítulo bem grandinho. Espero que gostem.

Nós estavamos quase conseguindo fugir daquela casa, quando Gustavo Bruno nos apanhou. Eu pensei que esse iria ser o meu fim. Não importava o quanto eu implorava para ele nos deixar ir, ele se recusava a ouvir. Ele queria que eu sofresse e Danilo morresse.

Quando Dora apareceu e distraiu Gustavo, Danilo aproveitou a oportunidade para lutar com Gustavo e tirar a arma das suas mãos. E ele conseguiu. Só que aí o nosso maior pesadelo se concretizou. A arma foi parar aos pés de meu pai, Coronel Eugénio. Todo mundo pareceu congelar, ninguém sabia o que esperar do Coronel. Eu me pus de lado de Danilo. Eu sabia que meu pai iria tentar matar ele, e agora com uma arma na mão, ele era bem capaz de o fazer.

"Danilo" ele fala calmamente, a arma bem posicionada na sua mão "Danilo Breton. Que prazer em revê-lo. E que prazer terei em matá-lo." ele anuncia

"Você pode me matar, eu só saio daqui com a minha mulher." Danilo fala

"Não, não faça isso" eu falo desesperada dando um passo em frente para que eu e Danilo ficassemos lado a lado. "Meu pai não faça isso, pelo amor de Deus, o senhor se vai arrepender para o resto da vida. Não faça isso."

"A gente só quer ir em paz. Pensa no seu neto Coronel." Danilo tenta convencer o Coronel, mas nada adianta.

"Desgraçou a minha família. Não merece viver. E é assim que vai ser!"

"Não!" eu grito me colocando à frente de Danilo, eu não ia permitir que meu pai matasse o amor da minha vida. Mas aí se ouve um disparo.

Eu caio para trás com o choque do impacto. Caio para os braços do meu amor que me ampara a queda.

"Não...Júlia, meu amor. Você vai ficar bem. Você vai ficar bem meu amor." ele fala desesperado me beijando. Eu podia sentir suas lágrimas nos meus lábios. "A gente...a gente ainda vai se encontrar" ele promete "A gente vai se encontrar meu amor"

Eu perco consciência após essas palavras. Eu tento ficar acordada, mas a dor é muito grande. Eu nem consegui responder a Danilo, falar que o amo, uma última vez.

"NÃOOOOO!" se ouve alguém berrar. Essa voz pertence a Dona Piedade, mãe de Júlia Castelo. Ela corre para junto de sua filha e a recebe nos braços. Seu corpo imóvel. "Não, minha filha não....Júlia..."ela chora. É quando ela tem ela nos seus braços, sua cabeça apoiada no ombro do homem que ela tanto amava que ela nota que seu peito ainda se mexe.

"Ela ainda está viva..." Piedade murmura para si vendo o peito de sua filha subir e descer lentamente. "Seu peito ainda se mexe."

Danilo ouve suas palavras e depressa toma seu pulso. Ele chora de alívio quando sente um. Ele beija seus cabelos e sem perder tempo ele pousa Júlia no chão e cobre a ferida com as mãos.

"Chamem um médico!" ele grita "Ela ainda está viva!"

Com o som do tiro o delegado corre para dentro de casa e se depara com a situação.

"Os vizinhos ouviram um tiro...." ele fala

"Foi ele!" Dora fala apontando para Danilo "Ele atirou em minha irmã. Prenda ele!"

O delegado se aproxima de Danilo e o pega no braço.

"Você vem comigo senhor" ele fala bruscamente

"Eu não vou deixar minha mulher!" Danilo responde com brusquidão retirando seu braço da mão do delegado.

"Deixem passar!" um homem grita ao entrar a correr em casa. Esse homem é o Doutor Fabrício. Ele corre para o lado de Júlia e a começa a tratar.

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