Capítulo 2: Sexta-feira, 7 de Abril - No quarto da Louise, desejando nunca ter

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     Capítulo 2- Sexta-feira, 7 de Abril - No quarto da Louise, desejando nunca ter nascido

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Capítulo 2- Sexta-feira, 7 de Abril - No quarto da Louise, desejando nunca ter nascido

Aght, como eu sou idiota! Não gosto de chorar! Mas é impossível controlar isso. Já seguro essas lágrimas tanto tempo que, obrigatoriamente, elas cairiam! E, na verdade, é um tremendo alívio saber que elas ainda estão aqui. Não que eu goste delas, eu as odeio! Porém, elas dão o indício que continuo viva.

Apesar de eu querer morrer, depois de tudo que aconteceu ontem. Não que tenha sido terrível, porém foi surpreendente a loucura que eu cometi, sem nem pensar antes.

Ontem, minutos antes do jantar, um guarda bateu a minha porta.

Hesitei alguns intantes antes de abri-la. O que foi estranho, já que eu sabia que o guarda tinha certeza que eu estava lá dentro. Tanto que não poupou batidas para mostrar que realmente precisava falar comigo.

Já que convencê-lo estava meio que fora de cogitação, decidi abrir a porta logo. E, bufei rapidamente, deixando transparecer minha irritação quando quis voltar atrás, mas já era tarde.

"Alteza," o guarda disse, dobrando o corpo o bastante para sair uma reverência. "Seu pai me pediu para acompanha-la até o escritório, imediatamente."

"Por quê?" Perguntei, de imediato.

"Ele não disse, alteza." O guarda se distanciou da porta em passos curtos, indicando que deveríamos andar logo. "Só quer que eu a acompanhe até o escritório."

Ah, como sou lerda! Aquela era a hora perfeita para fugir, sair correndo ou trancar a porta e esquecer qualquer guarda que estivesse perto dela. Eu já tinha suspeitas sobre qual seriam os assuntos do diálogo que teríamos e, fugir deles, era a minha melhor opção.

Porém, antes que meu corpo pudesse responder à essa opção, minhas mãos bateram a porta atrás de mim e meus pés começaram a percorrer o corredor, enquanto o guarda andava a poucos centímetros de distância de mim.

Eu não tinha a menor pressa de encontrar meu pai, e não queria, na verdade. Mas, a qualquer instante ele me cercaria. Me cercaria em um momento que eu estivesse totalmente despreparada. Mais despreparada do que eu já estava!

Então, talvez fosse melhor ir logo!

Quando passávamos pelo Salão Norte, quase que chegando ao escritório, me deparei com alguns criados que atravessavam portas, salões e saíam de alguns corredores para entrarem em outros, mas nem por isso deixaram de se alarmar com a minha presença. Pois, assim que me viram, sorriram e automaticamente dobraram seus corpos, fazendo uma reverência.

Mas, sei lá, todos estavam estranhos. E não era difícil perceber. Eles sorriam demais. Estavam quietos demais. E, nenhum deles evitou olhar nos meus olhos, pelo contrário, todos me olhavam fundo! Sem medo, vergonha ou qualquer outra coisa que pudesse os impedir.

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