Janet e Mourrys

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Os lençóis da cama uniam-se a nossos corpos nus, os travesseiros de plumas de ganso dava suporte a delicada Janet.
Seus suspiros de prazer proporcionam o mais poderoso êxtase em meu corpo.
Sentir seu corpo sob o meu, seu cheiro, seu calor, seu gosto, Janet não possuía atributos ou beleza mundana, desde a primeira vez que meu olhar pousou sobre seu angelical rosto, minha vida tomou um rumo único porém estranhamente familiar. Ao vê-la descer da carruagem que Mercy conduzia, me fez largar minha cesta de ervas no chão.
Visto essa cena deplorável, Janet me lançou seu primeiro sorriso em terras Parisienses. Um sorriso no qual não é possível aferir seu poder atrativo a bases de medidas humanas.

-Mourrys...- Janet clama meu nome -Estou pronta! - Ela consente.

Posiciono meu corpo totalmente sobre o corpo desnudo de Janet, com o auxílio da mão, endireito e penetro lentamente seu corpo umido e quente.
Seu rosto se contrai em manifesto do primeiro toque sexual. Jamais sonharia partilhar da pureza de uma dama como Janet. Um amor aparentemente impossível entre nossas classes.

Observo a rodo instante seu rosto e suas expressões, não quero causar-lhe dor alguma, quero dar que este momento seja especial a mulher que eu amo. A mulher que mesmo fugindo das regras de seu pai severo, lutou por um amor até então proibido. Lutou por mim, como ninguém nesta face da terra havia lutado.
Sedo meu ímpeto de acelerar a rítmica e os movimentos do meu corpo contra o seu. Ela abraça meu corpo e com suas mãos apopa minhas costas e até mesmo meus glúteos.
O verdadeiro amor e saber que todo seu corpo neste momento não é mais só seu, e sim de ambos. Os dois corpos se tornam um e somente uma força divina é capaz de separa-los depois deste ato de ligação de almas.
Janet aos poucos movimenta sua cintura e acelerando por contra própria nossa dança, nossa valsa dos lençóis. Seus gemidos me causavam arrepios. Em partes do corpo nas quais eu nunca havia sentido tal prazer.
Nossos corpos rodopeam sobre a cama, Janet agora fica sobre meu corpo, suas mãos em meu peito dão a ela o apoio necessário para o que pretendia fazer. Aliso seus braços sedosos e de pele macia. Seu cabelo preto agora solto sobre o rosto a deixava com um aspecto angelical e misteriosamente me lembrava uma pintura. Janet começa a movimentar seu corpo, suspendendo e abaixando-o aceleradamente.
Seus lábios vermelhos e carnudos se contorcem de prazer. Posiciono minhas mãos nas laterais de seu corpo e a ajudo nessa tarefa. Usando minhas pernas como alavanca, dou continuidade com os movimentos enquanto ela ápoia-se em meus ombros. Seus gemidos e meus grunhidos se camuflam perante a sonoridade oblíqua do aposento.
Nossos corpos enlouquecidos de prazer aceleram os movimentos de penetração. A atmosfera rodava a nossa volta, os lençóis dançavam e emaranhavam sob nossos corpos agora suados. Com um último manejo de cintura, Janet revira os olhos e de ambos os corpos jatos quentes se fazem presentes. Nossos fluídos se unem tais como nossos suores.
O ápice se manteve por segundos, mas em nossos olhares ele permanecia em um lugar onde o tempo não fosse contado ou medido.

Anestesiados e sem forças para nós movermos novamente, deitamos de maneira casual a cama. Nossas respirações ofegantes e sem pausas abafaram o som da porta que jurava-mos ter trancado, se abrir.

O grito de Janet me trouxe de volta do transe. Edgar seu irmão segurando uma pistola a qual apontava a nós dois na cama, entrava enfurecido. Seu olhar de repulsa e ódio unificado não o permitia emitir uma palavra que fosse.

Janet no ato desesperado de impedir um assassinato lançou-se ao irmão.

-NÃO ! - grito - mas em vão o som do disparou ecoou pelo quarto e o corpo de Janet pendeu e caiu ao chão, sem vida. Corro para acalentar o corpo de minha amada, e ouço outro disparo.
Um arder feroz atravessa meu peito. Toda a vista do local escurece. Sinto um solavanco no corpo, nada mais ouço, nada mais sinto.

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