Sobre aquela noite

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Quando minha mãe chegou ao meu quarto eu estava sentada sob o meu sangue. "Sabrina minha filha, o que houve?", mas eu não conseguia responder, só consegui abraçar ela e chorar.
Na manhã de Terça, eu não tinha ido à escola e estava em estado de choque ainda. Minha mãe não tinha saído um minuto do meu lado e pela primeira vez senti que ela me amava.
"O que houve filha? Por que cheguei e você estava assim?", me senti estranha nesse momento
"Mãe, primeira vez que você se importa comigo!", eu disse com uma vontade de chorar enorme. "Sabrina, eu te amo! Eu nunca fui boa de te demonstrar porque você nunca me deu abertura. Mas por que acha que eu adotei você?", ela me olhou por um segundo e me abraçou novamente mas não desistiu "Sabrina, o que houve?", eu me soltei do abraço e levantei com dificuldade da cama.
"Mãe, ontem o Guilherme veio aqui", ela levantou e veio atras de mim, "Que Guilherme? o seu ex?", eu afirmei com a cabeça e continuei "Ele me pediu em namoro e depois começou a me beijar loucamente!", ela me olhou com aquele olhar de desaprovação de sempre, mas ficou quieta "Então ele levantou e começou a beber um vinho, e depois eu pedi pra que parasse de beber mas ele não quis e bateu a garrafa na minha cabeça!", ela arregalou os olhos e começou a chorar "Como assim Sabrina? Então esse sangue todo é da sua cabeça? Isso é grave..." eu a interrompi mas ainda me sentia um lixo, "Não mãe, deixa eu termina..." ela parou de enxugar o rosto e sentou na cama para me ouvir, "Eu acordei no quarto, deitada na minha cama com o Guilherme em cima de mim, eu tava sentindo um incômodo e logo virou uma dor na minha..."
"Ele transou com você desacordada?", minha mãe levantou da cama e me abraçou, "Ele me beijava e gemia, então comecei a chorar e ele parou, me pediu desculpas e falou para eu tomar um remédio e só acordei ontem cedo, com muita dor na cabeça", eu não sei se me  sentia pior por ter contado tudo pra minha mãe ou por pensar que o Guilherme me amava. Minha mãe saiu do meu quarto e eu fui atrás dela "Onde você vai?", ela falou para que meu irmão cuidasse de mim e saiu sem dizer mais nada.
Ao anoitecer minha mãe chegou em casa, eu estava deitada no colo do meu irmão que havia sido gentil comigo o dia todo. "Mãe, onde você esteve o dia todo?" e então que o Guilherme entrou na sala junto com minha mãe, me fazendo começar a gritar e chorar. "Sah! Me desculpa, eu tava alterado! Eu queria ter você novamente, sentir seu calor, seu fogo..." minha mãe olhava para ele com uma cara de ódio e eu só conseguia chorar "Gui, vamos ao meu quarto!", e minha mãe interrompeu "Certeza que quer ficar sozinha com ele filha?" e eu afirmei com a cabeça.
No meu quarto eu mostrei o sangue que ele havia provocado ao fazer sexo comigo sem que eu estivesse com vontade, "Gui, me conta! O que aconteceu direito? Por que você me estuprou, por que? eu queria transar contigo, não precisava ser assim!", comecei a chorar e então ele veio me abraçar, mas eu senti nojo misturado com medo, e me esquivei
"Sabrina! Eu bati com a garrafa na sua cabeça e você desmaiou, eu te levei para o quarto e te deitei na cama. Então pensei em tirar sua roupa e te machucar!", ele começou a me analisar e isso me deixou com medo de que ele me abusasse de novo. "Você me machucou, me fez sangrar, me fez acreditar que você era bom", ele levantou da cadeira e veio para cima de mim "Ei, eu queria que você se machucasse tanto igual quando eu ouvi você dizendo que tinha transado com minha irmã! O que você acha que eu senti em ser corno?", então eu empurrei ele, "Me abusando?", perguntei com os olhos cheios de lágrimas, me doía ver que eu gostei um dia de um garoto tão horrível assim, que é capaz de me machucar dessa forma, foi então que vi a aliança que ainda estava no meu dedo, tirei-a e joguei nele, nesse minuto minha mãe chegou e pediu para que ele saísse
"Sabrina, eu ainda não acabei com você!" e foi isso que ele me disse antes de sair da minha casa

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