Alguns anos depois
Eliel demostrava exaustão e o suor escorria pelo seu rosto cujo a expressão ofegante entregava sua falta de energia, mas isso não tirava sua concentração, apenas respirava profundamente em meio aos arbustos para tentar repor as energias que lhes faltava.
O vento soprava de forma que fazia as velhas folhas das árvores flutuarem até o chão, e foi quando ouviu pequenos passos se aproximando, com seu machado em uma das mãos pode pressentir um leve movimento como se estivesse tentando acompanhar as folhas que caía ao chão.
Ouvindo um som de algo cortar o ar, por reflexo Eliel se esquivou e ao dar-se por conta notou que se tratava de uma flecha, ao olhar na direção de onde havia partido avistou uma garota segurando um arco que apontava exatamente para ele, seus cabelos negros flutuavam enquanto em seu rosto formava um sorriso ao encara-lo.
–– Está ficando velho.
Disse-lhe para Eliel, o tom em sua voz soava como uma vitória, como se já o estivesse derrotado.
–– De uma coisa tenho certeza – Comentou Eliel ao se preparar com um segundo machado, não era muito grandes e nem muito pequenas, apenas eram proporcionais para o fácil manuseio – Não há como fugir do tempo, mas podemos obter experiência, aprender com ele, faça do tempo seu professor, lembre-se disso pequena.
Dito isso Eliel corre em direção a garota, na mesma distância em que se encontra a garota prepara três flechas em seu arco, e ao atirar contra o alvo o mesmo utiliza dos machados para repeli-las. Encostando perto da garota Eliel guarda um de seus machados e com uma das mãos livres segura sobre o arco, dando meia volta com o próprio corpo enquanto erguia o braço da garota para o alto, abaixa de tal forma que faz a mesma rolar por cima de seu corpo a fazendo cair ao chão.
Ela então o encarou, e em seguida demostrou um pequeno sorriso, e foi quando ela girou o próprio corpo passando uma rasteiro em Eliel o derrubando no chão e ela ficando por cima dele, antes que Eliel pudesse fazer qualquer movimento ela pega uma das flechas e o pressiona contra o pescoço do alvo.
–– Tenho quase dezoito anos pai, não sou mais tão pequena – Disse Kelyen se sentindo vitoriosa – e a propósito, você abaixou a guarda, uma de suas valiosas lições por sinal.
–– E como sabe que eu não te deixei vencer?
Kelyen guardou a flecha na aljava e ajudou Eliel a se levantar.
–– É porque você nunca pegou leve comigo, e agora te superei.
–– Está legal, me darei por vencido hoje.
–– Qual é, é a decima nona vez que te venço.
–– E está se sentindo orgulhosa por isso, não é?
–– O aluno supera o mestre, já ouviu falar? – Kelyen perguntou enquanto se ajeitava para montar o cavalo que estava preso a uma árvore – Esse ditado é simples e direto.
–– É um belo ditado.
–– Concordo, E para ser franca, você é um ótimo pai, mas um péssimo mestre.
–– Qual é, eu sou um bom mestre.
–– Ata, claro que é, deveria ganhar uma medalha por isso.
–– Cuidado, deu para sentir um tom de sarcasmo – disse Eliel enquanto cavalgava ao lado de sua filha – e esses treinos foram até leve comparado aos que seu avô passava.
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A Princesa Mestiça [DEGUSTAÇÃO]
Fantasía"Um passado, um destino, uma escolha...." No passado o suposto assassinato do Rei cruzou pelos quatro reinos, e o bem mais precioso que os unificaria no futuro se perde. Dezessete anos mais tarde o atual Rei e governate de Thedas descobre qu...