Capítulo 220 - Celldio

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Precisa do quê?

— Me dê sua espada mágica.

Uh, quê? Espere, como é? Este filho da puta estava mesmo tentando extorquir Fran no meio da cidade com todos à nossa volta assistindo?

— Nn? Não. Por quê?

— Porque eu sou um aventureiro rank A.

— O que significa?

— Olha, você sabe o quão incrível é essa espada, certo? Você deve saber que dar ela a alguém como eu é a mesma coisa que fazer um favor ao mundo inteiro.

— Não entendi.

— Tá, tá, agora pare de ser tão egoísta e passe ela para cá.

— Nn?

O fato de ele estar tagarelando sobre o mundo enquanto tentava nos extorquir de forma descarada fez com que Fran congelasse e olhasse diretamente para ele. Fran já teria cortado o cara pela metade se ele estivesse tentando nos enganar, mas podíamos dizer que ele acreditava mesmo no que estava dizendo. O homem estava tão cheio de si que ele pensou que estava fazendo uma boa ação.

— Então ela será sua próxima vítima? Cara, deve ser péssimo estar no lugar dela.

— Então vá impedi-lo!

— Nem pensar cara, você é louco!? Celldio tem merda na cabeça, mas suas habilidades são reais. Espere, por que ele está em Ulmut?

— Tenho certeza de que foi porque Forrund o deixou meio-morto nas ruas quando os dois se encontraram em Barbola.

— Claro, faz sentido. Mas puxa, eu realmente não esperava ter que olhar para aquela cara feia dele depois de fazer essa viagem tão longa.

— Ah, verdade, e não se esqueça, a garota com quem ele está tentando mexer agora é a Princesa do Raio Negro. Tenho certeza de que as coisas não vão acabar do jeito que costumam acabar.

Parecia que o que Celldio estava fazendo agora não era nada fora do normal para ele. Como resultado, muitos dos aventureiros ao nosso redor começaram a lançar olhares de pena para Fran.

— Pagarei o quanto você quiser. Vou te dar tanto dinheiro que você poderá se aposentar. Tenho certeza de que se aventurar não é o tipo de negócio de que uma garotinha como você quer fazer. E quanto a mim? Vou fazer bom uso dessa sua espada.

O espadachim bateu no peito enquanto falava, quase como se dissesse que ela podia deixar toda a sua aventura para ele.

— Tenho certeza de que é o que sua espada também quer.

— Não é possível.

— Você diz isso, mas eu? Eu sei. Eu sei como as espadas se sentem. Eu posso entendê-las. Essa espada não acha algo agradável que uma garotinha esteja a empunhando. Vamos lá, por que você está hesitando? Estou lhe dando uma chance de parar de se aventurar, uma chance de se transformar em apenas mais uma garota.

— Já satisfeita. Cuide da sua vida.

— Puxa vida, você com certeza é ignorante. Deixe-me adivinhar, você simplesmente não quer dar a espada a outra pessoa porque está sentimental? Sabe, eu reconhecerei que isso tem algum valor, mas você não está pensando direito. Que vida triste você deve ter levado para não poder considerar todo o benefício que dar sua espada a mim te trará. Acho que isso deve significar que precisarei puni-la um pouco para fazer você entender. Eu sei que você está vendo um chicote, mas não se preocupe. Eu só vou te chicotear por amor.

Me Tornei Uma Espada Ao Reencarnar (TER)(200-400)Onde histórias criam vida. Descubra agora