Capítulo 253 - O navio de guerra Dragão da Água

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Dois dias se passaram desde que Fran afundara os cinco navios piratas que tentaram nos atacar. No momento, era por volta do meio-dia, o sol estava brilhando bem acima de nossas cabeças.

Fran estava fazendo a mesma coisa que fez ontem: treinando seus aprendizes. Ela os fez se alongarem, duelou com eles e mostrou como se mover. O treinamento em si estava indo bem, mas foi atrapalhado por uma interrupção.

A campainha de alarme começou a tocar durante uma das sessões de descanso do grupo; seus tinidos soavam de forma repetida em um padrão quádruplo.

Mais uma vez nos encontramos sujeitos a um ataque de piratas.

— Va-vamos lá, Professora!

— Merda, piratas de novo!? Por que diabos existem tantos? Este não deveria ser o Ninho dos Krakens?

Os dois lutadores de combate corpo a corpo, Liddick e Miguel, expressaram suas opiniões nessa ordem no momento em que ouviram a campainha. O primeiro sugeriu entrarmos na briga na mesma hora, enquanto o último gemeu e reclamou.

— Eles podem fazer parte de algum tipo de brigada enorme de piratas, do tipo que pode colocar as mãos em navios novos e modernos, capazes de ultrapassar com facilidade os krakens.

Liddick falou mais uma vez. Ao contrário de sua reação imediata, que parecia funcionar como uma chamada à ação, sua segunda fala parecia conter um pouco mais de lógica.

— Você está falando sério cara? Podemos estar em uma merda muito séria então.

— Pare de entrar em pânico, Miguel. A Srta. Fran, nossa professora, está aqui conosco. Como é que um navio pirata pode se comparar a ela?

— Cer-certo. Bom argumento, Naria.

Fran pediu que seus aprendizes aguardassem antes de seguir para a proa do navio. Lá, ela encontrou o capitão Jerome já olhando para os piratas que se aproximavam através de um telescópio.

— Quantos?

— Eu estava pensando que você poderia aparecer. Desta vez, eles têm 12. Também parece haver alguns navios maiores entre suas fileiras.

12? Droga, isso era muita coisa para um bando de piratas.

— Eles estão agitando a mesma bandeira dos cinco que você afundou alguns dias atrás.

— Amigos deles?

— Parece que sim. Eles provavelmente têm seu QG em algum lugar dessa área.

— Enviaram força principal?

— Desculpe Princesa, mas não faço ideia.

No começo, Fran e eu pensávamos que 12 era um número bastante grande, mas, segundo Jerome, esse não era o caso. As frotas piratas poderiam ser grandes, muito grandes. Os que iríamos enfrentar eram, falando de forma relativa, tão poucos em número que o capitão não conseguia descobrir se eram a frota principal de um pequeno grupo ou a equipe de observação de um bando maior.

— A única coisa que sei é que algo parece errado.

— O que significa?

Me Tornei Uma Espada Ao Reencarnar (TER)(200-400)Onde histórias criam vida. Descubra agora