Capítulo 231 - Regus, o informante

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Começamos a andar para procurar o Velho Gallus.

Comecei a pensar com quem precisávamos conversar para encontrá-lo. A Guilda dos Aventureiros sempre era uma opção, uma vez que os aventureiros estavam sempre à procura de ferreiros qualificados. Havia uma boa chance de alguém saber algo sobre onde ele estava.

Da mesma forma, a Guilda dos Ferreiros também parecia uma escolha bastante decente. Ele provavelmente teria passado por lá pelo menos nos últimos tempos se ainda estivesse trabalhando em Barbola.

“Acho que devemos ir primeiro à Guilda dos Aventureiros.”

— Entendido.

Para Fran, a Guilda de Aventureiros era mais ou menos sua base de operação. Ela já havia se encontrado em pessoa com Gamud, o mestre da guilda, e até se tornou famoso por causa de quão longe ela chegou no torneio de Ulmut. Simplesmente não havia como a Guilda recusar um pedido de informações sem motivo.

Falando nisso, a rede de informações da Guilda dos Aventureiros devia superar a dos Ferreiros. Não havia razão para escolher a segunda das nossas duas opções em detrimento da primeira. Diante de tudo isso, acabamos virando nos calcanhares e seguimos em direção à Guilda dos Aventureiros.

Por alguma estranha razão, Fran e Urushi acabaram se remexendo de forma inquieta lançando seus olhares por todo o lado enquanto avançávamos.

A inquietação deles parecia indicar que eles estavam sentindo algo.

“Há algo errado?”

— Cheiro de curry.

Eu esqueci que Barbola estava no meio de uma explosão de curry até que Fran e Urushi me lembraram disso. Havia várias barracas de rua em nossa vizinhança. Fazia sentido que pelo menos uma delas estivesse servindo o prato, considerando sua popularidade.

Fran conseguiu, de alguma forma, limitar a busca a exata tenda em questão e se aproximou de forma casual. Ela fez isso de forma tão natural que quase parecia instintivo.

Uma parte de mim não pôde deixar de suspeitar que ela cairia em qualquer armadilha que envolvesse atrair a presa com curry, mesmo se estivéssemos no meio da exploração de um calabouço.

— Bem-vinda!

— Isto, o que é?

— Sim, esses é meu macarrão de curry. Nóis fazêmo isso com base no curry.

Fiquei surpreso por alguém já ter tido a ideia de usar curry para criar um prato à base de macarrões. Pareceu-me que a receita deles envolvia juntar o macarrão e o curry em uma panela grande e cozinhar tudo de uma vez. O resultado parecia muito bom quanto a aparência, mas achei que o macarrão acabaria sendo cozido demais e ficaria empapado. Ainda assim, eu não podia afirmar que estava sem interesse. O mesmo parecia valer para Fran, pois ela comprou duas porções, uma para si e outra para Urushi.

— Urushi, aqui.

— Au!

Meus dois companheiros viraram suas tigelas inteiras no mesmo instante. Eles pareciam satisfeitos com o sabor.

Me Tornei Uma Espada Ao Reencarnar (TER)(200-400)Onde histórias criam vida. Descubra agora