42 dias - 18:00

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oi gente, percebi que vai ser difícil contar a historia apenas com os dias que eles tem juntos, sem fazer capítulos longos que, narrativamente, seriam muito maçantes ou disconexos, e que eu to necessitando cada vez mais de dividir os capítulos em momentos do dia (manhã, tarde e etc...). Agora quando um dia durar mais de um capitulo, ele virá acompanhado de um horário que seria quando o capitulo começa, o último passou a ser "42 dias - 16:25" e os outros que isso aconteceu também foram concertados. 

Sobre a demora, eu vou falar mais sobre isso nas notas finais (IMPORTANTE Q VCS LEIAM DESSA VEZ OKAYYYY). Esse capítulo vai ter umas menções a transtornos de ansiedade, acho difícil ser um gatilho mas é bom avisar, nos próximos vou avisar tbm caso ache necessário, se eu não falar e alguém se incomodar pfvr me avisem

acho que vai sem música até o momento dessa nota não achei nada que ilustre bem o cap 

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Itachi não parava de olhar pra ele. E ao mesmo tempo que ele se sentia mal por preocupar o irmão, nunca se cansaria de receber sua atenção. Se sentia estúpido por ter acusado o irmão porque o dono daqueles olhos tão escuros quanto os seus jamais o trairia, seu irmão e a relação entre eles era a única coisa no mundo que ele não tinha medo que o decepcionasse. Havia inúmeras fontes do qual Naruto poderia ter descoberto que ele e Deidara haviam tido um relacionamento, mesmo que estivesse morando fora naquele ano, porque por mais que o trabalho dos pais de Sasuke de mante-lo fora do escândalo tenha sido impecável e que o relacionamento deles foi ficando esquecido entre quaisquer outras milhares de fofocas que corriam em uma cidade pequena, ninguém havia se esquecido de quem era Deidara. Seu rosto estava pela cidade e seu nome estava pelos corredores da escola, quando coisas como aquela aconteciam com pessoas como Deidara, ninguém esquecia. 

A água na banheira ao seu redor não parava de esfriar, e ele ficaria ali até que se tornasse gelo se pudesse, mas se não falasse algo seu irmão provavelmente pegaria uma toalha e o faria sair dali antes que ele se perdesse nos sons de sua própria cabeça de novo.

Assim como a água, ele se sentia esfriar. E quando entrou ali, estava fervendo.

Ele ainda não havia dito uma palavra ao seu irmão desde que sentiu que não tinha mais o que gritar, exceto se chorar compulsivamente balbuciando frases desconexas fosse considerado falar. Ele não sabia exatamente o que havia dito em nenhuma das situações e ficou feliz de apenas ter Itachi passando a mão em seus cabelos e sussurrando que ele estava bem, o lembrando de onde estava e de quem era.

Quando ele finalmente se acalmou, Itachi apenas o guiou até o banheiro dos seus pais e o sentou no vaso enquanto enchia a enorme banheira de água quente e líquidos e sais cheirosos. Mikoto costumava fazer isso, quando eles eram pequenos e se  machucavam ou ficavam tristes, até pela menor bobeira que fosse. Pegava os dois moleques que viviam o tempo todo atrás de si e lavava seus cabelos, que na época ela não permitia que ninguém cortasse, enquanto os dizia que um bom banho quente levava em bora qualquer mal. 

Quando Itachi entrou na sexta série, ela voltou a trabalhar e tinha cada vez menos tempo pra esses momentos com os filhos, e meses depois quando ela assumiu o cargo de diretora do hospital, o seu atual, uma governanta começou a cuidar dos garotos em tempo integral, e Sasuke vivia perguntando porque não podiam mais usar a banheira quando chegava chorando porque os garotos o incomodavam e as professoras lhe chamavam a atenção por não fazer as tarefas em sala. Foi naquela época que Itachi se tocou de que seu irmão era diferente, e não sabia o que isso significava, mas que era sua função cuidar dele. Então ele deu uma surra nos garotos que puxaram o cabelo de seu irmão e quando chegou em casa com os dedos machucados, disse que havia sido jogando futebol e soube que havia sido o certo porque seu irmão sugeriu que usassem a banheira dos pais e prometeu cuidar de seus machucados. 

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