Processando...

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Abri  os olhos e em vez de ver o teto, eu estava nele me vendo. Eu dormia calmamente como se o nem o apocalipse pudesse me tirar do sono. Para tanto, em dias passados, já cansei de ver coisas que poderiam me matar, mas eu não conseguia acordar. Monstros esquálidos e hórridos me se circulavam ali em baixo, as vezes pareciam querer me matar pelo belo prazer e mesmo assim nada acontecia a mim. Curiosamente hoje, havia só um monstro, escondido no canto do quarto, e do nada, uma flecha zarpa em sua direção. Em sua morte o monstro se reduziu  a pó. Um homem angelical aparece de onde a tiro havia disparado. Surpreso fiquei, pois foi o mesmo que estava na casa de Igor. Ele sentou-se ao meu lado e me olhava serenamente até quando...
- Psiu, tu pode me ouvir?. Assustado aquele homem olhou para mim que estava na cama, tentando entender como, então mandei em seguida - Aqui em cima - ele olhou para mim no teto com a expressão " como um mortal fez isso?", e pra falar a verdade não sei, só acontece. 
- Era você lá  na outra casa! tava fazendo o que?
- Tem coisas que não deve saber! - e ele partiu em um piscar de olhos. E eu cai do teto diretamente no meu corpo como se caísse em queda livre da torre Eiffel. Acordei tremendo com a adrenalina da queda. Estou começando a ficar preocupado com os sonhos, meu corpo está reagindo de forma de cada vez mais real.
- E a princesa levanta! - então, esse é meu amigo imaginário, Valentim, antes ele era apenas uma imaginação que me fazia companhia, agora parece ter vida própria. - Bom dia voz infeliz que chega sem ser convidada
- Nossa que seca uma hora dessa...
- Tá vendo alguma mulher aqui para tratar no feminino?
- Mulher não, mas a gay...
- Me respeita! sou hetero!
- Assume que doe menos, to aqui para te lembrar
- Nossa obrigado... mas agora caladinho.
- Procura Igor, afinal vocês dois se gostam, da ver como se olham
- Como amigos, que fique claro
- Como deseja achar...
- Vou chamar ele
Fui para cozinha para tomar café, e logo apanhei meu telefone. Uma pequena pontada de emoção tocou meu peito ao mandar mensagem para Igor vir. E para melhor efeito cardíaco,  ele respondeu logo em seguida - To indo, já já to ai. - Deixei o celular e fui comer. Minha mãe é sempre muito zelosa e comprou dois reais de pão pra mim, que equivale dez pães, fritei ovo, e comi com café, os dez pães, como sempre "bem saudável", é meu café da manhã preferido. No momento em que terminei fui escovar os dentes ele bate a porta. enxaguei a rapidamente a boca e  gritei - To indo! - ao abrir a porta o ar escapou dos meus pulmões, Igor era tão lindo, mas curiosamente não era só a visão, pois ele sempre fora assim e nunca me importei, mas algo esta diferente.

- Diego! amigo, que saudade.
- Yae, entra ai. bora la para o quarto - ele me olhou de canto - É né... chamou para o quarto - apenas olhei com deboche - Psiu!
Igor seguiu na frente, e eu o olhava andar despreocupado e de repente ele para na porta e vira para mim. - Preciso te pergunta algo... - me olhava com olhar meigo e vergonhoso - Pode falar - pela expressão dele tive medo da pergunta mas ouvi atentamente. - Gosto de você! - quase pulei de susto mas respondi secamente - Ah, também gosto de você! - os olhos dele agora tinha um brilho que eu não conhecia - Não, de outra forma, e você sabe.
- Eu? - Naquele momento queria que o chão se abrisse para eu pudesse cair e sumir dali
- Sim, não faz a Kátia, Diego. Tô aqui na sua frente assumindo para você.
- Vamos entrar no quarto! preciso sentar... - Entramos e sentei na beira da cama. O medo me irradiou, eu não sei o que responder, o que fazer - Valentin da o ar da graça - Para de complicar, você gosta dele, da uma chance. - O que? chance para o que? 
- Estrelar um filme pornô... para de ser sonso, me da raiva. Você sabe do que eu esto falando. 
- Mas ele é menino... 
- E você ainda ta nessa barreira? A não sai dai, eu vou agir!
- O que? nem pense! - mas assim que completei a frase, sai do transe na minha própria mente, com Igor me chamando
- Terra chamando Diego! Tudo bem? foi o que eu disse?
- Não! mas quero te dizer algo também
- Apois, diga!
- Dizer não, vou mostrar... - Subitamente meu corpo foi guiado por uma onda de impulso e eu levantei e fiquei a frente dele, que estava sentado ainda. Mergulhei no seu olhar duvidoso, pulei em seu colo e o deitei na cama, caindo em cima dele. Dava para ver nos olhos dele a adrenalina sendo disseminada pelo corpo e então o beijei. Uma explosão de calor fluiu pelo corpo e então parei. fiquei atônito olhando para ele - Não posso fazer isso...
- Poder você pode, só esta de palhaçada
- Não acredito no que estou fazendo!
- Eu lhe disse amado, eu iria agir, agora chupa
- Não! olha pra mim, nunca fiquei com ninguém! 

- Sim, mas é consciente do que sente. E não precisa fazer sexo agora, pois nem tudo é carne, apenas se permita! - novamente Igor ne traz de volta. Você está bem mesmo?

- Sim, a questão é que é tudo muito novo.
- Para mim também, mas faz um tempo que você não saia da minha cabeça, comecei a assumir para mim mesmo o que sentia, aquele dia em minha casa foi uma desculpa para fazer... com você e agora e juntei forças para ter coragem de estar aqui.

- Mas e nossos pais. Não está muito cedo?
- Pra mim não, para o bem ou para o mal, aprendi coisas cedo demais e você também. Mas se quiser ir devagar... tudo bem
- Não! está tudo bem assim. eu quero tentar - ao final das palavras, ele encontrou meu olhar perdido e deu um sorriso. Meu coração aqueceu e desisti de tentar processar e apenas deixei acontecer. Abracei ele e em Amassos e mais amassos, o calor ardia entre nós quando uma voz rompeu o nosso fino véu da intimidade. Era minha mãe,  que nos chamava para almoçar. Nos levantamos surpresos com tempo, descemos para mesa que estava bem colorida. comemos, ele foi para casa se arrumar para escola, e eu para minha.

Apaixonado pelo(s) Cupido(s)Onde histórias criam vida. Descubra agora