Parte 2

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A baia de Sofi era como todas as outras do escritório de arquitetura, uma sala minúscula com uma janela do chão ao teto, uma mesa posicionada à frente da janela e uma cadeira com
rodízios. Sobre a mesa havia um porta-lápis, um notebook e algumas folhas espalhadas. Sofi não primava pela organização.
– Você vem comigo! – Comunicou Yumi, enquanto manuseava um abridor de cartas que Sofi nem sabia que tinha em sua mesa.
Embora Sofi não soubesse ainda, yumi sabia ser bem convincente quando queria.
– Desculpa, você é quem mesmo? – Perguntou Sofi, intrigada com a visitante, enquanto colocava sua bolsa sobre a mesa de trabalho.
– Não temos tempo para apresentações. Você tem algo muito valioso e os Heishis te
encontraram. – Disse Yumi, entre dentes.
O diálogo ia continuar quando a vidraça atrás da mesa se estilhaçou. Yumi jogou-se sobre Sofi e impediu que os pedaços de vidro a atingissem.
Tudo foi tão rápido e confuso que, ao se virar, tentando entender o que havia atingido o vidro da janela, Sofi deparou-se com a coisa mais assustadora de toda a sua vida: uma figura usando uma armadura, um capacete com uma espécie de chifres, uma máscara aterrorizante que lembrava algo entre um demônio e um dragão, com uma lança nas mãos.
Yumi entrou em combate corporal com a estranha figura e, aparentemente, Sofi nunca tinha
visto o "abridor de cartas" porque não era um abridor de cartas.
Entre o primeiro e o último golpe desferido por Yumi não havia passado nem 1 minuto. Sofi
estava atrás da porta, em choque. A figura de armadura havia desaparecido pela janela
quebrada e deixado para trás um rastro de sangue.

MinamotoWhere stories live. Discover now