Acaso - 6

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Eu não tive outra reação a não ser acolhê-lo, aquele era um Jisung que eu jamais havia conhecido, a máscara do orgulhoso e arrogante Han Jisung havia caído e me confortava saber que ele confiava a mim para cuidar dele e de assegurar que nada voltasse a acontecer com ele. O abracei, o acolhi em meus braços pra que ele soubesse que estaria ali pra ele e que não iria a lugar nenhum.

— Ei, olha pra mim, não precisa ter medo ou chorar, eu estou aqui, eu vou cuidar de você agora, você pode descansar em mim agora...

— Eu não aguento mais ter esses pesadelos e não ter ninguém.

— Eu não conhecia esse seu lado, é uma novidade pra mim conhecer Han Jisung de verdade.

— Ah, por favor, não é o momento pra piadas. Eu tô te expondo todas minhas inseguranças e fraquezas pro homem que eu... pra você, a quem eu tanto maltratei.

— Jisung...

— Eu tenho medo do que ele pode fazer com você. Eu não me perdoaria se ele te machucasse.

— Nós vamos lá, eu vou pagá-lo e ele jamais vai voltar a perturbar você ou alguém que você ame.

— Me desculpe por te envolver nos meus problemas...

— Isso foi uma escolha minha, não se desculpe.

Deitei seu rosto no travesseiro, o envolvi em meus braços apenas ouvindo sua respiração bater mais calmamente, Jisung estava descansando de verdade finalmente. O observei dormir por um longo tempo até voltar a dormir. O dia amanheceu e levantei da cama, deixei Jisung dormir por mais tempo enquanto preparava o café, a memória dos dias na faculdade me fizeram lembrar que ele amava ovos com bacon então o fiz pra agradá-lo. Ouvi seus passos e logo vejo ele sair do quarto coçando seus olhos e bocejando. Essa história estaria prestes a se tornar clichê, os garotos que se odiavam pra reprimir seus sentimentos e futuramente se tornariam um casal.

— Bom dia, meu bem...

— Bom dia... são ovos com bacon?

— Sim, você gosta, não?

— Sim, como você sabe?

— A gente morava na mesma faculdade e tomávamos café no mesmo refeitório, então... eu observava você e que você sempre comia.

— Uau, psicopata.

— Vai, senta pra comer. Quero te levar pra sair, vamos nos divertir hoje.

— Pra onde você vai me levar?

— É uma surpresa, mas relaxa, você vai gostar.

Me sentei e o acompanhei na refeição, vê-lo comendo seu prato favorito com suas fofas bochechas cheias me faziam sorrir e me sentir calmo e confortável. Respondi meus amigos enquanto ele terminava de comer, afinal queriam saber o que de fato tinha acontecido com ele dormindo na minha casa, com os amigos que eu tenho, eles iriam querer saber se eu transei com Jisung.

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Minho: o que eu perdi? tava comendo.

Changbin: uhum, o jisung, a gente sabe.

Minho: não me dirige a palavra, faz favor.

Felix: e ele mentiu?

Minho: mentiu, block, ban e mute.

Hyunjin: e se ficar puto...

Minho: sai da minha casa.

Hyunjin: eu nem na tua casa tô, doido.

Minho: uhum, deve tá no jeongin, o amigo do jisung que você tinha uma quedinha.

Hyunjin: acertou.

Minho: qUE

Changbin: vai colocar o bebê pra mamar...

Felix: era isso que tu falava quando ia encontrar comigo né seu corno...

Changbin: então mokkk

Minho: enfim, respondendo perguntas, não, não transei com o jisung e não, não posso contar o que tá rolando de fato, beijos negos.

Hyunjin: ser minhofóbico não é uma opção, é inevitável.

Changbin: ser minhofóbico não é uma opção, é inevitável.

Felix: ser minhofóbico não é uma opção, é inevitável.

Minho: e se ficarem putos é pior.

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cute but psycho | minsung.Onde histórias criam vida. Descubra agora