O vampiro - Cedrico Diggory

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(Se passa um ano antes do torneiro tribruxo)

Em todos as escolas existe aquela pessoa perfeita, que todos querem por perto. Em Hogwarts não era diferente. Essa pessoa era Cedrico Diggory.

Não, eu não sou diferente e o odeio. Na verdade, sempre quis conversar com ele, mas nunca tive coragem. Ele é mais velho e por mais que seja simpático, não estou disposta a tentar me aproximar. Não quero errar no meio do caminho e ficar com uma fama ruim na escola, acabaria com a minha reputação, se é que eu tenho uma.

Sou da Sonserina e uma apanhadora. Conquistei a minha posição com muito esforço, por ser uma nascida-trouxa. Não era rica, o que piorava minha situação. Por incrível que pareça, minha melhor amiga é Pansy Parkinson. Ela foi bem difícil de se conquistar, mas tenho meus métodos.

Infelizmente, não me dou nada bem com o seu amigo, Draco Malfoy. Ele pode ser muito bonito, mas a minha vontade de meter a mão na cara dele é maior. Não conseguia escuta-lo falar de forma tão soberba sobre aquilo que não devia. Era um mimado idiota.

Hoje teríamos um jogo de quadribol contra a Lufa-lufa, para a minha felicidade. Cedrico era o melhor apanhador que eu conhecia, era um grande desafio e eu sempre gostei de um pouco de dificuldade.

O capitão da Sonserina deu aquele velho sermão sobre ganhar a qualquer custo, que não podíamos perder para uma casa como a Lufa-lufa. Ele dizia isso de todas. Era patético, embora amasse a minha casa.

—Está pronta?— perguntou o capitão caminhando até o meu lado.

—Sempre estou.— disse.— Agora podemos parar com esse papo furado e ir? Está nos atrasando.

Ele revirou os olhos e caminhou na nossa frente. O seguimos para fora do vestiário até o grande estádio. Subi em minha vassoura e voei até o meu lugar. Os lufanos chegaram pouco tempo depois.

Quando o jogo finalmente começou, meus olhos começaram a procurar por aquela maldita bolinha dourada. O tempo passava e eu não encontrava nada. O capitão estava me apressando a cada minuto e tive que resistir a ideia de jogá-lo daquela vassoura.

—Não está encontrando também?— escuto a voz do Diggory atrás de mim.

—Eu não diria para você se tivesse visto.— disse.

—Também não encontrei.— falou ignorando o meu comentário.— Isso nunca aconteceu, nunca demora tanto. Será que tem algo errado?

—É uma bola minúscula rápida como o vento. Não tem nada de errado.— disse.

Continuei a olhar atentamente pelo estádio, procurando por qualquer coisa dourada. Não enxergava nada.

—Está no quinto ano, não é?— diz o lufano.

Olhei para ele com confusão, que apenas abriu um sorriso. Será que ele esqueceu que estamos jogando?

—Dá pra prestar a atenção? Vou acabar encontrando antes de você.

Não gostava que me atrapalhassem no jogo e nem entendia porquê estava fazendo aquilo. Só queria que saísse para que eu pudesse ganhar.

—Você é um pouco rabugenta.— disse e eu bufo.

—Não sou rabugenta, só tentando fazer o meu trabalho e encontrar o pomo. Devia fazer o mesmo.— falo sem tirar a atenção.

—Muito rabugenta.— disse e deu uma risada baixa.

Olhei para ele séria, pensando se valia a pena perder pontos por jogá-lo da vassoura.

Enquanto decidia, vi um feixe dourado pelo céu e parti em direção à ele, sendo seguida pelo lufano. Estendi a mão para alcançar o pomo, cada vez mais ele descia. Diggory chegou ao meu lado e tentou pegar o pomo, que se afastou mais de nós.

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