As coisas estavam um pouco tensas entre a guerra de Poseidon e Atena. Seiya acabara de atirar mais uma vez a flecha de sagitário em direção ao deus e acertara, finalmente. Dentre seus poderosos dedos estava a arma lançada, no meio de sua testa.
— Ugh! Maldito seja Pégaso!
Os olhos verde-azulados do imperador dos mares brilharam por um segundo e, um clarão juntamente de um raio passaram pelo templo. O som estridente assustara o cavaleiro de bronze que, junto de seus companheiros, havia passado. Enquanto isso, o grandioso deus estava furioso e, parado ao lado de seu trono.
— Não pode ser, mas como um pequeno mortal como Seiya pôde me ferir? Sou um deus, um dos três grandes. Sempre tive orgulho de minha força, o poderoso líder que criava tsunamis e terremotos. É isso, eu sou um deus, e minha divina vontade jamais deve ser contrariada, muito menos por um humano.
Eu sou Poseidon!
E assim acordara o senhor dos oceanos. Com muita ira, o mesmo pegara o seu tridente e, em um bater de seu cabo no chão, ele criara um enorme terremoto abaixo do mar. O poder imensurável pôde ser sentido por todo o reino, que agora estava assustado com a presença de seu imperador.
Seiya, Shiryu e Hyoga caíram ao chão, logo depois de se perguntarem o que estava acontecendo.
— Não é possível! — disse Seiya, arranhado e com rachaduras na armadura — este é o cosmo de Poseidon, está cem ou milhares de vezes maior do que o anterior, parece até um outro ser, agora capaz de engolir o universo.
— Silêncio, mortal! Sinta a raiva de meu tridente. — disse o deus.
Com um movimento de seu braço direito, o mesmo criou uma enorme bola de energia cósmica verde-mar e atingiu Pégaso, que caiu ao chão, sangrando em seu peito.
— Seiya! — disse Shiryu, nervoso — aguente firme, meu amigo!
De repente, a armadura de aquário dourada apareceu e vestiu o corpo de Hyoga, que estava em frente a Poseidon. Porém, o deus não recuou, o mesmo brilho de antes pôde ser visto em seus olhos e um sorriso perverso residia em seus lábios.
— Eu sou o grandioso deus dos mares, curvem-se diante de minha presença, mortais! Já não há mais esperança para vocês da terra, todos morrerão! — disse Poseidon, confiante e orgulhoso.
— Não! — disse o cavaleiro de Pégaso, tremendo — sua maligna ambição não poderá engolir todo o mundo, iremos vencê-lo!
— É mesmo? Então vençam isto! — uma risada alta foi ouvida por todo o recinto.
De repente, gritos da superfície podiam ser ouvidos. Mulheres, homens e até crianças estavam morrendo afogados com o poder do deus. Provavelmente com o terremoto que ele havia feito há alguns minutos.
— Não serei piedoso nem com as crianças, morram, vermes terrenos!
Seiya e seus companheiros já não tinham mais esperança, quando veio uma ideia a mente do cavaleiro de bronze.
— Shiryu, Hyoga! Por favor, me arremessem até o Pilar Principal! — ele disse.
— Está louco, Seiya?! Você vai morrer instantaneamente! — disse o cavaleiro de dragão.
— É verdade! — completou Hyoga.
— Não se preocupem! Me emprestem o resto de seus cosmos e logo salvarei Atena.
Então, mesmo hesitantes, os dois cavaleiros usaram o resto de suas forças para jogá-lo até o pilar.
— Não permitirei que encostem suas mãos imundas em meu Pilar Principal, humanos! — disse Poseidon.
Sua enorme cosmo-energia estava maior do que nunca, pleno e poderoso, ele acerta os cavaleiros de dragão e cisne, que caíram desmaiados ao chão. Porém, o mesmo não conseguiu atingir Seiya, que já estava entrando no grande Suporte Principal.
— Não é possível! Como isso pôde acontecer? Eu sou um deus, Seiya não passa de um humano imbecil e fraco, como ousa?!
Dentro de segundos, Pégaso estava dentro do Suporte, que agora estava se quebrando em mil pedaços. Pégaso saiu de lá com Saori nos braços, mesmo assim, não aguentou e caiu também, deixando o resto para ela.
— São dois idiotas! — gritou Poseidon, furioso. — Como ousam se rebelar contra minha vontade divina, vermes?! Estou limpando a terra de seres imundos como vocês! Mesmo sendo uma deusa, deve me obedecer, sou um dos três grandes, Atena!
A divindade feminina estava de pé, diante dele. Com calma, a mesma estava com a ânfora com a qual o deus havia sido selado mil anos a.C.
— Disse que não terá piedade nem das crianças, Poseidon? Não seja tão frio, você não conhece a bondade humana, deus do mar! Além disso, sua hipocrisia é forte, como uma deusa do olimpo, sei de seu segredo, a única que consegue amolecer seu peito é uma criança.
— Ora, Atena, não se atreva a falar de minha filha justo aqui! Ela não é baixa como vocês, merece sim o meu carinho. Isso não se discute mais!
— Está certo, porém deverei selá-lo aqui e agora!
E com isso, ela abriu a tampa da ânfora que iria sugar a alma de Poseidon para dentro novamente.
— Atena! Prometo, em nome de meus súditos e de minha filha, que nunca a deixarei em paz! Juro por tudo que conheço que retornarei e, com meu imenso poder, varrerei os humanos imundos da terra! E assim será, deusa da guerra. Este é o meu juramento final.
E assim, o deus fora trancado novamente dentro do vaso grego. Antes de ser sugado, podiam-se ver lágrimas no rosto do mesmo, porém ele agora permanecia dormindo e com seu poder cósmico selado.
Agora, como ficarão as coisas na terra? Como poderá Poseidon conseguir dominar o mundo com sua ambição? E de que filha Atena estava falando? Não é possível que apenas uma possa amolecer o peito duro de seu pai, o violento deus dos mares.
Essas são perguntas que em breve serão respondidas, não se esqueça.
O mar sempre estará a sua espera, meu amor.
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O Renascer do Mar
ФанфикMilênios após a famosa guerra pela Ática, disputada entre Poseidon e Atena, ocorreu uma nova intriga onde os mesmos estavam brigando pela posse do mundo. Poseidon, que sempre encarnava em um membro rico e esnobe da grande família de mercadores Solo...