Crush - Jung Hoseok

Capítulo 2

O vizinho do meu irmão.

Tudo bem, eu não culpo totalmente os garotos de não me dar bola, os culpo por serem bonitos demais.    Eu sei que sou trouxa, por me iludir, e para piorar a situação, não preciso de alguém para fazer isso por mim, eu me iludo sozinha. 

Suspiro apoiando meus braços no balcão.

- Para de drama. - reclama me olhando feio. - Não é como se vocês tivessem algo.

- Nós éramos quase amigos. - me defendo.

- Ele te tratava normal, como trata qualquer cliente. - se exalta. - E você nem sabe o nome dele. - Nana diz.

- Claro que sei, o nome dele é JB. - falo, empinado o nariz.

- Isso é apelido! - exclama, tirando sarro de mim. - E você só sabe porque ouviu alguém o chamando assim.

- Eu sinceramente duvido que você seja minha amiga. - Falo com raiva.

- Isso é mais um motivo para você ir para a festa. - sorrir.

- Vou ver, e depois te falo. - Digo sem interesse.

- Nem venha com essa frase! - exclama alto, me fazendo rir. - Isso é papo de quem não pretende ir.

- Exato! Eu não pretendo ir. - confirmo.

- Você vai! - fala autoritária. - Nem que eu precise te arrastar de dentro do seu quarto.

- Tem como você me esquecer um pouco? - peço, fingindo implorar. Ela nega. - Inferno!

- Agora eu preciso ir. - diz agarrando sua bolsa, que estava largada em cima do balcão.

- Tchau, e não volte mais. - aceno, forçando um sorriso.

- Também te amo. - rir, saindo.

- Preciso de férias. - reclamo, indo atender um cliente.

No fim do meu expediente, limpei as mesas e me arrumei para ir embora.

- Pai. - O chamo, vendo ele concentrado anotando algo. - Não irei com o senhor, vou ver meu irmão.

- Tudo bem. Pede pra ele me ligar mais tarde.

- Ok. - falo colocando meu casaco. - Até mais tarde.- me despeço do meu pai e dos outros que também trabalha na cafeteria e saio.

É, eu tenho um irmão.  Yan, seis anos mais velho que eu, mora sozinho, totalmente independente, solteiro e tem um Deus da beleza como vizinho, não literalmente.

Enquanto caminho, mando uma mensagem para o mesmo, me prevenindo de que ele esteja em casa, para não perder a viajem.  Cinco minutos depois ele responde, dizendo que estava em casa.

Quando cheguei de frente a porta do seu apartamento, toquei a campainha freneticamente.

- Não quebra minha campainha. - ouço sua voz do outro lado da porta. - Já estou indo.

Enquanto espero o 'princeso' abrir a porta, dou uma olhada na porta ao lado, quem sabe tenho a sorte de ver o vizinho do meu irmão.
Me assusto quando a porta a minha frente se abre de repente. - Eu não tinha ouvido ele destrancar a porta.