O Retorno da Luz

Capítulo 1.

1.

A muito tempo atrás em uma galáxia muito distante...

— General Leia... — A voz da garota se fez, olhando para as costas da mulher que observava a central de controle calmamente.

— Sim?

— Eu... eu acho que não há nenhuma maneira de trazê-lo de volta, Ben se foi, Kylo Ren é quem o domina agora. — Rey disse, suspirando e apertando firmemente seu sabre de luz nas mãos.

— Não. Eu sei que ele não se foi, eu conheço o meu filho, Rey. Ele não se foi, Ben não é desta maneira. — Ela se virou para a de cabelos castanhos.

— Ele matou Han Solo, o próprio pai sem dó e piedade, Leia! — A voz da garota falhou ao relembrar a cena em sua mente. A dolorosa morte de Han Solo.

— General Leia, Rey tem razão. Mas se ao menos soubéssemos seu ponto fraco, alguém que ele ama, que sabe que ele faria de tudo por essa pessoa. — Poe disse pensativo. Mas logo ficou presunçoso. — Ah, esquece, eu duvido que ele tenha...

— Não, espere... — General Leia pareceu pensativa, sua mente vagava e encontrou. — Há uma pessoa em que Ben confiava mais do que em si mesmo.

— Quem? — Perguntaram afoitos, curiosos olhando para Leia, que os olharam em sua frente.

— Há muito tempo atrás, quando Ben ainda era o Ben, ele era um padawan jedi de Luke junto com uma garota, eles eram inseparáveis e a força entre os dois era forte o suficiente para mostrar que eles se amavam. — Disse Leia, lembrando dos dois jovens em sua cabeça.

— Mas Jedis não podem amar! — C-3PO disse com sua voz robótica, fazendo Leia assentir a cabeça.

— Sim, mas eles não ligavam para isso. Faziam de tudo um para o outro e quando Ben foi para o lado sombrio, quando Luke sumiu, ela também sumiu. Não há nenhum paradeiro dela, eu nunca mais a vi. — Ela suspirou tristemente. — Se acharmos ela, há uma grande esperança de trazermos o Ben de volta.

— Nós vamos procura-lá, acha-lá e ela irá trazer a luz e esperança para a Resistência. — Rey disse com convicção, olhando para o Chewbacca ao seu lado e sorriu de lado, esperançosa.

— Vão, pedirei que tentam a achar por seus paradeiros entre planetas e assim vocês irão acha-lá mais facilmente. — Leia virou para sua aprendiz, acenando com a cabeça fazendo a mesma sair dali e ir fazer o que sua general disse.

Minutos após, a ajudante de Leia trouxe um pequeno chip de localização, entregando para o droide BB-8. Rey se virou para ir em direção a nave Millennium Falcon.

— Rey... — Leia chamou a atenção da garota, que parou e se virou. — Para identifica-la, basta olhar em seus olhos. Que a força esteja com você.

A garota sorriu confusa e assentiu com a cabeça. Logo foi o mais rápido possível para a nave que já estavam Poe, BB-8 e Chewie.

— Temos uma longa viagem para se fazer. — Disse Poe irônico, sentando em um banco.

— Espero que consigamos trazer ela de volta, não acho muito que ela irá vir conosco. — Disse Rey. — Se ela não está na resistência, é porque talvez ela não queria se meter no meio de toda essa guerra.

— Mas é uma guerra em toda a Galáxia. — Disse Poe, bufando.

— Isso vai ser uma longa viagem. — Disse Rey ligando a Falcon. Chewie rugiu e ela sorriu. — Isso mesmo, agora, vamos nessa.

×××

Ela analisava como iria chegar do outro lado da floresta, a queda do Rio era enorme e cair de uma altura daquela ela certamente não queria. Seus olhos se fecharam por breves segundos, então escutando tudo ao seu redor com clareza; pássaros com seus cantos, o barulho da correnteza das águas batendo em rochas paradas em seus caminhos, o vento batendo nas folhas… Ela amava aquilo, se sentia maravilhada com aquilo. Quando ela abriu os olhos, sentiu seu corpo inteiro formigar, a ponta de seus dedos latejavam brevemente e correu parecendo furiosa em direção ao lado que ela queria atravessar, saltou ferozmente com a ajuda da força se segurando em um cipó que estava ali, de uma enorme árvore. Um gemido saiu de seus lábios ao sentir suas mãos quentes pela aspereza do cipó em sua mão e soltou o mesmo girando, conseguindo atravessar e parar em cima de um grande tronco de uma árvore que tinha em meia a tantas. Zoe sem demorar para pensar, correu e pulou, de galho e galho subindo para pegar o que ela tanto queria e quando conseguiu, sorriu satisfeita. As pequenas frutas nativas que Zoe tanto procurava sempre estavam em topos das mais grandes e estranhas árvores, mas eram mais saborosas do que as demais naquele planeta.