Prólogo

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Exceto o som das pérolas de água da chuva a baterem contra os vidros das janelas e o rugido dos trovões, tudo estava extremamente silencioso. De vez em quando, podia-se captar o som das gotas de água a caírem uniformemente da torneira para a bacia na cozinha.

Num quarto situado num dos 8 pisos do condomínio, dois homens jovens, sentados num sofá molhado, pois ambos tinham as suas camisas ensopadas de água, abraçavam-se como se não houvesse o dia de amanhã. Ambos os jovens tentavam não fazer um mínimo ruído. O corpo do jovem baixinho encostava-se ao peito do outro. Alguns soluços saíam-lhe da boca, agarrando-se cada vez mais à camisa do homem mais alto.

 Alguns soluços saíam-lhe da boca, agarrando-se cada vez mais à camisa do homem mais alto

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- Seja o que acontecer, tudo vai ficar bem.- tentavam-se confortar um ao outro, mas os corações deles doíam, como se eles tivessem despedaçados em pequenas partículas, e choravam de constante mágoa.

- Não me deixes, In.- sussurrou uma voz.

- Shhht... Nós vamos ficar juntos para sempre, P'Korn.- continuou a voz do rapaz mais baixinho. Os seus braços colocavam-se em volta do corpo do seu amante.

Era um amor proibido, um amor o qual os pais deles estavam fortemente contra. Eles lutavam e discutiam com os seus progenitores, fazendo, assim, com que a situação se agravava ainda mais, até que ambos os pais os forçaram a se separar um do outro. Mas, eles conseguiram escapar.

Korn passava lentamente com os dedos sobre a bochecha ferida do jovem rapaz nos seus braços. Ele sentia um forte sentimento de culpa, pois In foi sempre um rapaz alegre, bem-disposto, animado, sempre com um sorriso na cara dele... Mas, por causa dele, o jovem teve que se submeter a discussões com o seu pai até este lhe bater.

- Desculpa, In.- sussurrou Korn suavemente na orelha dele, beijando a testa do rapaz que se encontrava num estado de tremelicação. Isto preencheu o coração dele com um calor inexplicável.

- Eu amo-te, In. Lembra-te sempre que eu amo-te muito.

O jovem rapaz, com a face inundada de lágrimas, olhou para a cara de Korn.

-Não digas isso. Promete-me que nunca me vais deixar sozinho.- As unhas dele agarravam-se cada vez mais à roupa do homem. – Eu estarei sempre ao teu lado. Nós vamos ficar juntos para sempre.

A luz de um relâmpago, seguido pelo consequente estrondo da trovoada não tirou a atenção dos amantes de um do outro. Korn beijou os lábios pálidos de In, devido ao frio e ao medo que dominavam o jovem.

 Korn beijou os lábios pálidos de In, devido ao frio e ao medo que dominavam o jovem

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Until we meet againOnde histórias criam vida. Descubra agora