A camareira e o príncipe Arabe

Ana Isabel

Neste momento olhando para a rua da janela do meu quarto às três da madrugada, enquanto cai uma tempestade lá fora, eu penso na tempestade que vai dentro de mim, principalmente da minha cabeça.

Só podia afirmar uma coisa, era uma verdadeira loucura, um momento não somos ninguém, outro descobrimos que além de ser árabe também sou filha de um sheik das arábias e isso é o que mais me assusta, pois terei que cumprir com as leis do meu país de origem e casar com aquele que foi escolhido como meu marido.

Marido,ah,ah,ah,por um lado não seria assim tão ruim, pois o príncipe David parece um daqueles super modelos que saem em capa de revista e que todas, isso é, quando digo todas estou incluindo minhas "queridas" colegas de trabalho Ângela e a Kelly que não perderiam uma oportunidade de saltar-lhe para a cama, já a Michel é mais apegada a tradições como eu ou seja namorar, noivar e casar e só se entregar depois do casamento, mas já me apercebi que o príncipe é puro fogo e que tão cedo não vai desistir em me ter a seu lado, nem que para isso tenha que se valer do acordo a muito selado entre nossas famílias.

Ainda me questiono como um pai pode fazer um acordo selando o destino de uma filha, sem lhe dar a chance de se apaixonar? Mas na verdade o que realmente quero é concentrar - me nos meus estudos e concluir os mesmos, é esse o meu principal objectivo, mas sinto que jamais ira acontecer.

Estou tão perdida em pensamentos quando finalmente me apercebi de vozes alteradas vindas da sala, vozes essas que parecem ser de minha mãe, meu padrasto e ao que me parece de meu pai como também, embora sentindo-me envergonhada em admitir para mim mesma a voz do príncipe já me esta gravada na memoria.

David está vestindo um fato preto com camisa branca, a qual deixou os primeiros 3 botões por apertar, expondo assim uma parte do peito nu, que lhe dá um ar mais sexy de molhar as calcinhas como algumas colegas de faculdade falam em relação a um homem que tenha o aspeto de um deus do Olímpio, embora nunca tenha dado grande importância, agora finalmente compreendi, e se David é de tirar o fôlego a qualquer uma, aí que calor... ele é tudo isso e muito mais.

Ao contrário do príncipe meu pai está vestido trajes típicos do seu país, a Kandura (a túnica), o Gutrae (o lenço) a ogal (o anel por cima do lenço) e do "seu país" porque embora eu tenha sangue árabe ainda não consigo aceitar muito bem as minhas origens, o que dificultou mais a decisão que tive que finalmente tomar e que espero que seja a mais acertada.

Eu sabia que era feio ouvir as conversas atrás da porta, mas que culpa tinha eu de estarem com as vozes um pouco alteradas.

- Você não devia ter vindo aqui - dizia minha mãe - você não pode obrigar minha filha a casar...ela é livre para escolher quem pode amar ou não.

- Está errada, você teve muita sorte eu ter deixado ela viver e ser criada por você e seu marido, pois nossa lei diz quando os pais não vivem juntos os filhos pertencem ao pai. - meu pai afirma.

- Nossa filha ainda só tem 18 anos.-diz minha mãe.

- Isso no meu pais já é idade suficiente para casar e ate ter filhos. - meu pai responde. Ok, acho que já chega,afinal é de mim que estão falando.

- Chega, afinal o que se esta passando aqui? - Todos me olham espantados, não esperando que eu me intromete - se, o príncipe, esse me olha de lado com um sorriso como não tivesse nada a ver com o que se estava a passar na sala e os restantes tentem falar todos ao mesmo tempo.

- Não quero ouvir desculpas.- afirmo - afinal estão a falar de mim e do meu futuro e eu já tomei uma decisão....- olho para todos que ficam muito calados esperando ansiosos pela minha resposta, ao olhar para o principie David sinto o meu coração acelerar, por mais que eu queira negar e ainda mais depois tudo o que se passou entre nós no dia que ele me trouxe a casa e desde a primeira vez que o vi, não posso negar que me sinto atraída por ele de uma forma que jamais estive por alguém e que posso estar a me precipitar e a tomar uma decisão errada onde alguém pode sair magoada, mas afinal é o que eu sinto, não voltarei atrás - eu decidi que aceito tudo o que o príncipe David me prépos mas somente com uma condição, senão minha decisão é não ao casamento, não a ir morar para a Turquia ou Dubai e apresento desde já aqui a minha demissão do hotel.

Eu sei que o capitulo esta pequeno, mas prometo mais brevemente. Agora o que será que Ana Isabel estará aprontando, como vimos ela aceita o proposto mas a troco de que?

Será que o Príncipe ira ter ela finalmente nos seus braços e sonhar com uma família e seu pai ver o acordo que fez no passado selado???

Uma dica, não me parece que ela ira facilitar as coisas assim do nada, embora ela admita que sinta algo pelo príncipe, ele ainda vai ter que penar um pouco.