Capítulo 6

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Louise

— eu vou embora porque se não for agora, irei ceder ao meu desejo - Antoni falou contra a minha pele, liberando uma descarga de energia que se espalhava por toda a minha cabeça, nuca, braços... - não posso te beijar, não posso perder o controle.

Eu queria que ele me beijasse. Minhas mãos agarraram a barra da sua camisa.

— Louise - sua voz era baixa, rouca, como um aviso.

Seu aperto em meus braços me puxando para mais perto do seu corpo.
Respirei fundo sentindo seu cheiro mais forte no tecido da camisa. Uma de suas mãos viajou para as minhas costas, foi inevitável não sentir sua ereção contra meu ventre. Meu coração disparou quando Antoni depositou um beijo em minha têmpora, então depositou outro beijo na minha bochecha, seu rosto alinhado com o meu. Nós ficamos assim por algum tempo, eu sabia que o próximo passo deveria ser meu. Antoni inspirava e expirava lentamente, seus olhos nos meus. Eu nunca tinha visto os olhos de Antoni daquele jeito. Desviei meu olhar para seus lábios e foi o meu fim. Eu beijei Antoni e ele me beijou de volta, nossas línguas duelavam em uma sincronia letárgica. Eu posso ter emitido um som muito parecido com um gemido quando senti a mão de Antoni mergulhar para dentro da minha blusa, eu também queria tocar sua pele, saber se estaria tão quente quanto sua boca. Estava difícil respirar, mas eu não queria quebrar o beijo, talvez por isso nossas respirações estivessem tão altas em meus ouvidos. Eu toquei a pele quente por debaixo da sua camisa e Deus! Antoni era tão firme e quente.

— você precisa me deter - ele falava contra a minha boca, eu não entendi o que ele quis dizer, mas bastou sentir sua mão deslizar para dentro do meu short para compreender.

Como eu poderia parar aquilo se era tão bom.
Tão perfeito quando ele tocou meu sexo sobre o tecido fino da calcinha, foi tão bom morder seu lábio em resposta e ouvir um rosnado do fundo da sua garganta. Antoni movia sua mão em um ritmo cadenciado meu sexo precisava de atrito, eu precisava de mais, era como se estivéssemos em uma sincronia perfeita, pois Antoni retirou sua mão e moeu seu membro sobre meu sexo, ele era grande, eu sentia sua extensão e não pude impedir o gemido que se formou no fundo da garganta.

— mamãe!

Nos afastamos tão rápido que bati meu corpo contra a parede. Olhei na direção da porta respirando aliviada por não ver Isis alí.

Corri seguindo seu chorinho manhoso, meu coração acelerado por conta de tudo.
Não vi se Antoni me seguiu. Isis não estava em seu quarto e sim no meu. Ela estava em pé diante da minha cama e segurava a boneca Melzinha.

Me abaixei abraçando seu corpo.

— eu fiz xixi.

Ela parecia envergonhada. Ela tinha a rotina de fazer xixi antes de deitar, mas havia dormido no sofá.

— tudo bem, meu amor. Está tudo bem.

Antoni entrou no quarto e ela escondeu seu rosto no meu peito. Me virei para dizer que estava tudo bem. Ele parecia preocupado e eu o acalmei.

— está tudo bem, nos vemos amanhã.

Ele assentiu e se aproximou, então ele depositou um beijo nos cabelos de Isis e um beijo em minha testa.

Eu não consegui dormir naquela noite. Minha mente estava preenchida por Antoni. Cada parte do meu corpo ainda sentia seu toque. Nós não nos falamos no dia seguinte, ele não me enviou mensagem e por algum motivo eu pensei que ele enviaria. Quando cheguei do trabalho fiquei sabendo pela minha filha que ele havia passado a tarde com ela e que não poderia vir no período da noite. Eu cheguei a incrível conclusão de que Antoni estava fugindo. Senti uma pontada de decepção e alívio que não sei explicar. Para completar a noite eu tinha esquecido que sairia para jantar com Júlio.

Totalmente InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora