Capítulo 25

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Estou muito boazinha, sim?
Boa leitura, beijos!

Louise

Acordei sentindo cheiro de café, eu amava os finais de semana e não era por causa da ausência de trabalho. Eu amava porque via o quanto Antoni se esforçava para torná-lo especial.

Entretanto, estava me sentindo para baixo naquela manhã. Todos os acontecimentos do dia anterior estavam martelando em minha mente.

Ouvi os passos pesados de Antoni no corredor. Logo depois ele apareceu no portal, seus cabelos ainda estavam úmidos do seu banho matinal. Tão bonito.
Ele agarrou o portal sobre sua cabeça com ambas as mãos, ele era tão alto.

— você está bem?

Ele perguntou ainda em seu lugar.

— sim.

Sim, nosso nível de estranheza era bem esse mesmo. O silêncio de segundos parecia ser eterno.

Ele então se moveu e caminhou em minha direção, me ajustei ficando de lado. Ele veio e se deitou a minha frente. Sua mão encontrou um lugar em minha cintura.

— eu quase não dormi essa noite, fiquei relembrando tudo que aconteceu, suas expressões- ele se deteve e eu pude sentir sua mão tensa sobre minha pele.

— não sei o que dizer, não quero começar o dia apontando tudo de errado do dia de ontem - falei sincera.

— fui impulsivo, fiquei puto com aquele infeliz, mas sei que não deveria ter feito uma cena, você sabe que valorizo seu trabalho, não queria te envergonhar frente a seus contratantes.

— você não deveria estar lá, para começo de conversa - me deixei levar pela raiva contida.

Ele assentiu.

— não quero discutir sobre esse assunto, estou me retratando sobre minha cena de ciúmes...

— sobre isso, eu tenho voz, sabia? E eu sei me sair de uma cantada, ou de um convite inconveniente!

— você realmente está com raiva - ele forçou um sorriso e continuou — não te culpo, mereço isso.

— eu não quero sentir raiva, não quero brigar, mas ultimamente parece que é só isso que fazemos, não quero me sentir assim.

— eu não quero que você se sinta assim, sobretudo por minha causa.

— basta ter fé em mim - falei tocando seu rosto — eu sei me cuidar, você entende isso? Sei dirigir um carro em segurança, sei me virar com as investidas de outros homens, você não pode continuar me tratando como uma incapaz.

Ele ficou em silêncio, parecia perdido em pensamentos.

— eu só quero te proteger.

— como eu falei, posso me cuidar.

Ele puxou uma quantidade grande de ar e respirou pesadamente.

— eu entendo, mas existem pessoas displicentes em todos os lugares, você pode se cuidar, mas o cara que ultrapassa a preferencial não dá a mínima, o cara alcoolizado do bar de esquina que se acha o Superman atrás do volante também não, existem pessoas ruins no mundo, Lou.

Fechei os olhos buscando a calma em algum lugar. Estávamos em um dilema muito surreal para mim.

— Lou, olha pra mim.

Obedeci, minha mão ainda estava sobre seu rosto. Ele a pegou e a beijou.

— você pode agendar uma consulta no especialista que quiser, tudo bem?

Totalmente InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora