Capítulo 01

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    É tão bom quando temos a oportunidade de ajudar quem nos ajudou. Não tem nada a ver com retribuição, tem a ver com amor recíproco.
– Karen E. Quinones Miller

  

  09/12/2019

  Emma Valencia Johnson esse é o meu nome. Tenho 17 anos, 1,65 de altura, sou ruiva de olhos castanhos claros, estudante do terceiro ano no ensino médio e nesse momento a pessoa mais entediada do mundo. Nesse momento meus dois melhores amigos não param de conversar (discutir), sobre quem de fato é o meu melhor amigo.  Eu sei, isso é um pouco infantis.
Eles se chamam Manoel e Melissa, os dois têm a minha idade e são gêmeos idênticos. Eles também são meus vizinhos, melhores amigos e colegas de sala. Somos todos naturais de Domingos Martins, Espírito Santo. Nossos pais também são amigos de infância, além de serem sócios de uma pequena doceria aqui na capital do Rio, onde atualmente moramos há 10 anos. 

  Quando eu digo que eu e os irmãos Oliver somos inseparáveis, eu realmente falo sério. Moramos em um prédio de três andares, a doceria fica no primeiro andar, a minha casa no segundo e a dos Oliver no terceiro. Foi um bom investimento e uma boa parceria entre as nossas famílias, tudo graças a admirável amizade deles.

  O talento para confeitar, preparar e fazer pertence todo ao meu pai, John e ao meu tio, Jorge. Quanto a tia Márcia e minha mãe Dalila, as duas são as responsáveis pelas finanças, contabilidade e tudo mais. 

  A respeito da discussão da Melissa e do Manoel, eu não sei quando isso começou ou quando vai parar, mais já durou mais que o necessário e meus ouvidos estão deveras irritados de ouvir isso há exatamente 20 minutos. Eu nunca desejei tanto não ter ido pra escola como hoje e ainda tenho que suportar um volta pra casa nesse estilo "casos de família."

— Pela última vez Manoel! Você não pode ser melhor amigo da Emma porque eu sou a melhor amiga dela e ponto final! — Diz alterada entrando no meu quarto e jogando sua mochila sobre a minha cama. Logo em seguida se senta na mesma e cruza os braços como sempre faz quando esta brava.
Manoel e eu entramos logo em seguida e antes que eu sente sobre a cama ele me segura pelos braços e pergunta: —  Quem sempre tem mais paciência pra te ouvir, Emma? Hã?

— Eu acho que você... — Respondo e antes que eu tente novamente sentar, ele volta a me segurar pelos braços.

— Quem sempre te espera pacientemente toda manhã e ainda pega sua bicicleta pra você? Hã?

—  Será que você pode deixar sentar, Manoel?! — Digo totalmente sem paciência e os dois se assustam. 

   Ele me solta e então eu dou um longo suspiro antes que eu perdesse a cabeça. Acho que puxei minha mãe nesse sentido, impaciência é comigo mesmo. 

— Os dois estão sendo tremendos bobões em discutirem entre si sobre isso, por que os dois são meus melhores amigos. — Digo por fim tirando meu sapato e as minhas meias. — Já que são meus melhores amigos, que tal provarem lavando isso aqui pra mim? — Brinco, levando um par da meia a cada um.

— Nessa parte eu acho que a Melissa é melhor que eu. — Diz entregando a meia a irmã. —  Além do mais os estudos para as provas de amanhã me chamam e isso vai me ocupar a tarde inteira.

— O almoço hoje é lá em casa crianças. — Tia Márcia avisa e sai rapidamente.

— Me acompanham senhoritas? — Nos estende as mãos com um completo cavalheiro.

— Claro que sim, estou deveras faminta meu cavalheiro. —  Diz jogando minhas meias em mim e pegando na mão dele.

— Você não vem, Emma? — Manoel pergunta.

Meu destino me pertenceOnde histórias criam vida. Descubra agora