Sobre grades, modelos e asas

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Para continuar no recinto, eu digo gosto.
Já que não estou sozinho continuo aqui.
-Essa é a parte que me faltava - eu minto.
Enquanto sujo as mãos nessas grades enferrujadas
Como será lá fora?
É frio, fantasmas nos breus das paredes, rapinas de bike, motorizados, ligeiros nos carros ou com seus juros altos - É um assalto!
Mas aqui sempre há pedras a serem lançadas que atravessam o espaço rumo ao meu prato
Que engulo calado por cada ação diferente do que devo.
E omito a dor abraçado a figura de macho,
Dando giros para esconder aquela asa que surge duma liberdade pronta a ser alcançada. Que não disfarça. Que se mostra mesmo, sem piedade. E sendo do jeito que é, uma ingênua, deixa-me envergonhado.
Resistir é bravo.
A falta de sentido não revela o fim, mas o início. Pronto para correr por aí afora sem se importar com o destino?
Mesmo assim ontem quando dormi, não quis acordar.

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⏰ Última atualização: Feb 13, 2020 ⏰

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O Ecoar das Correntes [Poemas]Onde histórias criam vida. Descubra agora