— O rolê ainda ta de pé?
O menino dos cabelos dourados e encaracolados mais conhecido como Gustavo chega atraindo a atenção para si, Paulo estava logo atrás dele. A turminha da bagunça estava toda reunida agora, faltando exatos um minuto para o sinal tocar e nossas aulas começarem.
— Ta tudo no esquema, brother. — Vini responde a pergunta do Guga, que se anima esfregando uma mão na outra.
Ficamos todos na mesma sala, o que não foi fácil e é um pesadelo para alguns professores. Fomos de boa, conversando e rindo pelo corredor, até que...
— Valentina, a diretora esta te chamando na sala dela.
Bianca me puxa de lado e diz isso, a olho com uma interrogação estampada em minha testa, não faço ideia do que ta rolando, até onde sei não fizemos nada de errado ainda. Mas talvez estejam cogitando que o fato da gente respirar seja errado. Mas a Bianca não diz mais nada e simplesmente se afasta encarando o celular.
— O que foi, Valen?
— Acho que nada de mais. — Tranquilizo a minha cacheada. — Vou na diretoria rapidinho.
Carol assente e logo corre para acompanhar os outros que estavam distraídos em uma conversa sobre free fire iniciada pelo nosso pro player, vulgo Vinicius. Sozinha olho para o corredor que leva a diretoria, a maioria dos alunos já estavam em suas salas e só havia alguns pelos corredores. Me dirijo a sala que muitos temem e sem exitar dou três batidinhas.
— Pode entrar. — Ouço a voz inconfundível da diretora Minerva e obedeço.
— A senhora pediu para me chamar?
Mal entro na sala e já lanço a pergunta, não reparando muito na sala, apenas olhando para a mesa de mogno dela. Se eu tivesse prestado atenção, teria notado a presença de duas figuras, mas estava preocupada com a possibilidade de ter tido algum problema para analisar direito.
— Sim, pedi para lhe chamar. — Ajeita os óculos de armação redonda no nariz delgado dela. — Temos dois alunos novos.
Ela aponta para frente com uma caneta bic azul, eu giro nos calcanhares para finalmente ver dois seres sentados nas cadeiras acolchoadas a frente da mesa, seus olhos se encontravam sobre mim. Um parecia extremamente curioso com sua postura reta, o outro a mesma coisa só que com um tédio e todo espatifado na cadeira, me perguntando como ele ainda não soltou um bocejo.
— Eu sou o Mathias. — O curioso agora tinha nome, ele abriu um sorriso no qual os caninos passavam um pouco dos outros dentes. — Mathias Magalhães.
— Matheus.
O outro se apresentou sem nem um pingo de força de vontade, até como se fosse obrigado a fazer aquilo, tive que me conter para não fazer uma caretinha. No ritmo que um exalava energia o outro parecia não ter energia alguma.
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ɴᴏ ʀɪᴛᴍᴏ ᴅᴏ ᴄᴏʀᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ
Dla nastolatków₂₆. ₀₃. ₂₀₂₀ sᴇɢᴜɴᴅᴏ ᴏ ᴍᴇᴜ ᴘʀᴏғᴇssᴏʀ ᴅᴇ ᴍᴜ́sɪᴄᴀ, ᴠᴜʟɢᴏ ᴛɪᴏ sᴏɴɴɪᴄᴋ, ʀɪᴛᴍᴏ ᴘᴏᴅᴇ ᴛᴇʀ sɪɢɴɪғɪᴄᴀᴅᴏs ᴅɪғᴇʀᴇɴᴛᴇs ᴘᴀʀᴀ ᴄᴀᴅᴀ sᴇʀ ʜᴜᴍᴀɴᴏ. ᴘᴀʀᴀ ᴍɪᴍ ʀɪᴛᴍᴏ ᴇ́ ᴀᴘᴇɴᴀs ᴜᴍᴀ ʙᴀᴛɪᴅᴀ sᴜ́ᴛɪʟ. ᴍᴀs ᴇᴜ ᴇsᴛᴀᴠᴀ ᴇɴɢᴀɴᴀᴅᴀ. ᴀᴛᴇ́ ᴄᴏɴʜᴇᴄᴇʀ ᴇʟᴇs. ᴅᴇsᴄᴏʙʀɪ ᴛʀᴇ̂s ᴄᴏɪsᴀ...