Capítulo 4

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Acordei no dia seguinte mas exausta do que quando deitei, pareceu que não havia dormido nada.
Mil coisas passando em minha cabeça e ainda milhões de sentimentos...

_ Eu tenho certeza que isso foi um sonho! - disse ainda me sentando na cama.

Não sabia o que fazer! Derrepente fui tomada por um desejo enorme e inexplicável de conversar com o Dylan, o único que não era vítima de uma história terrívelmente sem explicação.

Faltavam apenas dois dias para a comemoração do Grande Dia, onde todas as meninas que eu conhecia quase a vida toda iriam realizar o desejo de, enfim, viver no palácio e eu estava pensando naquilo como quem se importasse e também pensava no que iria acontecer com a minha vida naquele palácio, mudando totalmente a minha rotina.

Não tinha estado físico para nada, e nem ninguém, é que estava em um completo estado de curiosidade e loucura. Ao mesmo tempo que não queria pensar, não conseguia parar de pensar na história de horror do meu pai desaparecido, comecei a pensar onde ele estaria e se realmente estivesse vivo. Era difícil acreditar que o pai que brincava todos os dias comigo no bosque, da qual tinha vagas lembranças em lances, tinha ido embora assim!

Escutei algumas vozes que vinha da sala e meus pensamentos fugiram enquanto nesta hora tentava identificar quem falava. Minha mãe por mais insensível que fosse entendeu o meu estado e me deixou dormindo não me obrigando a ir para as aulas.

_ Oi Ane, presente para você. - dizia Aldrey entrando pelo quarto com uma rosa na mão, acreditando eu que seria um pedido de desculpas, ou sei lá, um gesto de carinho da minha mãe.

Fiquei alguns segundos parada e olhando para ele, depois olhei para a rosa que colocava em minha mão que vinha acompanhada de um bilhete, só pensava na conversa que tive ontem e lamentava por ser verdade. Em seguida não pude conter o choro, esse gesto por mais simples que fosse era fato que iria me abalar de algum jeito, já que me encontrava em cacos. Logo após me entregar Aldrey saiu correndo antes que pudesse dizer algumas coisa. E foi quando me surpreendi com o gesto que não foi da minha mãe.

Abri o bilhete que dizia :
" Olhe para sua porta e sorria com um sorriso doce para que eu comece bem o meu dia" Dylan .

Quando olhei estava Dylan parado me encarando e sorrindo, a minha primeira reação foi sorrir, mas depois pensei "esse garoto é completamente louco, acabei de acordar".

Fiquei surpresa pois não esperava ser dele, pensando bem minha mãe nunca iria fazer algo assim por ser um tau amarga, depois de tudo que havia acontecido em apenas algumas horas... Não pude conter o sorriso e ele logo percebeu que mesmo com um sorriso meu rosto não escondia o que sentia!

_ Pode começar a falar o que aconteceu! Eu cheguei aqui para te buscar e fiquei chateado por não te encontrar na cozinha como de costume... - disse sorrindo enquanto chegava próximo a mim

Por mais que no fundo eu quisesse chorar horrores estava me segurando, ele nunca tinha me visto daquele jeito, a presença dele me causava um nervosismo grande me relembrando o que tínhamos vivido no dia anterior e ainda tudo aquilo que tinha feito com rosa e bilhete, mais a conversa que tive com minha mãe, com tantas emoções ao mesmo tempo era impossível controlar as lágrimas...

_ Calma, Ane! Sua mãe disse que estava um pouco mal, e não iria treinar hoje, mas insisti para te ver. Se não quiser dizer nada, não precisa! - disse ele enquanto me olhava nos olhos sentado ao meu lado.

_ Eu vou contar, eu preciso falar, fica aqui comigo, por favor? Eu sei que falta dois dias para o grande dia... - Não sabia o que estava acontecendo comigo, nunca tinha pedido para ele ficar ou algo assim, mas era diferente, precisava de alguém por perto, que não fosse minha mãe.

Apenas uma EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora