Capítulo 9

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Lucas narrando:

Naquela manhã nossa turma iria acampar, tinha arrumado todas as minhas roupas, repelente, barraca, e muitas outras coisas. Durante os dois últimos dias, eu mal conseguia dormir! Seria muito legal acampar com os meus amigos! Quando eu cheguei na escola...

- Oi Lucas! – Mari me disse com um sorriso animado

- Oi Mari! – Disse abraçando

- Vai no ônibus comigo? Por favor! Nunca te pedi nada! – Mari implorou com uma carinha triste

- Tá! Eu odeio quando você faz essa cara! – Eu disse e ela riu

- Vamos! – Ela disse me puxando

Nós arrumamos as nossas mochilas e sentamos no nosso lugar, e o ônibus seguiu viagem. Ficamos conversando durante a viagem.

- Fala mais da sua família, você nunca fala dela. – Perguntei

- Eu não costumo falar muito da minha família porque, meus pais são separados, eu moro com o meu pai e minha irmã mais velha, e a minha mãe mora em Portugal junto com meu padrasto e meu meio irmão. Minha mãe sempre se preocupa em manter contato com a gente, mas eu realmente sinto falta de uma influência materna, sabe? – Ela me respondeu

- Eu te entendo, há um tempo atrás eu ajudei o meu amigo a lidar com a separação dos pais, e sei como ele se sentia. – Disse

- É complicado mesmo. Mas e a sua família? – Ela me perguntou

- A minha família é bem pequena, sou filho único e moro com os meus pais. – Respondi

- Você gosta de ser filho único? – A Mari me perguntou

- Por um lado, não tem ninguém incomodando você e você tem toda atenção para você, mas por outro, você se sente muito sozinho e nunca tem alguém para conversar. – Expliquei

- Entendi. – Ela respondeu

- Ai caramba! Isso não pode estar acontecendo! – Mari disse desesperada mexendo na mochila

- O que houve?! – Perguntei preocupado

- Promete que não vai rir? – Ela disse ainda preocupada

- Prometo! – Respondi

- É... é que... eu nunca dormi fora de casa sem o meu ursinho! E eu esqueci de pegar ele! – Disse envergonhada e tensa, e eu tentei segurar o riso

- Você disse que não ia rir! – Ela disse brava

- Desculpa! Mas não tem problema! Você tem todo o direito de ter um ursinho! – Disse

- Obrigada... mas eu infelizmente esqueci ele e não sei o que vou fazer! – Ela disse preocupada

- Não precisa ter medo! Vai ficar tudo bem! – Disse pegando na mão dela

Nós ficamos deitados de mãos dadas até que ela adormeceu no meu ombro, e depois eu também acabei dormindo. Nós acordamos com o ônibus parado e todos estavam arrumando as malas.

- Mari? Mari acorda! – Disse passando a mão em seu cabelo

- Só Mais cinco minutinhos! – Ela disse e eu ri

- Mari! Nós já chegamos! – Falei

- Sério?! – Disse esfregando os olhos

- Vamos pegar as nossas coisas. – Eu disse e ela concordou

Nós pegamos as nossas coisas e fomos levados até o refeitório, lá eles anunciaram que depois do almoço nós sairíamos para fazer algumas atividades e no fim da tarde sairíamos em grupos para acampar. Nós vamos sair em grupo de cinco pessoas, os grupos vão ser sorteados. No primeiro grupo caíram a Samanta, Bruno, Mirela, Cauã e Nícolas. No segundo ficou Gael, Gabriel, Amanda, Sofia e Larissa. No terceiro ficou eu, a Mari, Camila, Matheus e Arthur. Nosso grupo tinha ficado todo separado, por uma parte eu estava com a Mari e a Camila, mas por outra parte elas ainda não estavam em uma relação estável.

Depois dos sorteios, já estava na hora do almoço, ficamos lá no refeitório para almoçar, e após o almoço fomos liberados para ir na piscina, jogar bola, ir na tirolesa e fazer muitas outras atividades.

Mari narrando:

Eu e as meninas estávamos indo para a piscina enquanto os meninos estavam jogando bola. Nós estávamos sentadas na beira da piscina jogando verdade ou desafio.

- Verdade ou desafio? – Samanta pergunta para mim

- Verdade. – Eu disse

- Você já ficou com alguém dessa roda? – Ela me perguntou

- Sim. – Eu disse baixo deixando algumas surpresas

- Verdade ou desafio? – Camila perguntou para a Amanda

- Desafio! – Amanda respondeu

- Eu desafio passa uma cantada para o... Gael!! – Camila falou apontando para os meninos que estavam vindo em nossa direção

- AI caramba! – Ela respondeu e nós rimos

- Gael! Vem cá! – Amanda gritou

- Eu morreria por um beijo seu, tá esperando o que para me matar? – Amanda disse e nós rimos

- Você não precisa morrer para isso acontecer. – Ele disse dando um selinho nela e nos zoamos eles

Os outros meninos vieram correndo em nossa direção e eles nos empurraram na piscina. Depois de alguns gritos e tapas nós ficamos a tarde toda brincando na piscina. Depois nós fomos tomar banho e nos arrumar e ir para o ponto de encontro para pegar tudo que é necessário para acampar. Quando estava tudo pronto nós seguimos a trilha até o ponto que nós iriamos montar as barracas, que os monitores haviam explicado. Eu e o Lucas ficamos conversando o caminho todo, e a Camila ficou falando com os meninos.

Quando nós chegamos no lugar de acampamento, dividimos as tarefas, os meninos e a Camila montavam as barracas, enquanto eu e o Lucas fomos procurar gravetos para fazer a fogueira.

Lucas narrando:

- Mari... posso te fazer uma pergunta? – Falei

- Claro! – Ela disse pegando alguns gravetos

- Como você sabe que está gostando de alguém? – Perguntei

- É quando você sente um carinho pela aquela pessoa, você gosta de estar perto dela e quer se aproximar cada vez mais dela, e ela faz falta quando você não está perto dela, e você ama aquela pessoa. – Ela me respondeu

- Nossa! Que bonito! – Elogiei

- Mas por que essa pergunta? Tá apaixonado? – Ela perguntou rindo

- É claro que não! Eu só queria saber mesmo. – Disse meio nervoso

- Ok, agora é melhor nós voltarmos antes que escureça. – Ela disse me puxando

Desde aquela vez que eu vi a Mari chorando e conversei com ela, eu me aproximei muito dela, ela é uma garota, forte, independente, leal e corajosa. Eu acho que... eu acabei me apaixonado por ela. Mas e agora? O que eu devo fazer? Já que não sou tão experiente acho melhor deixar rolar por enquanto...

Nós chegamos no ponto onde iriamos acampar e vimos que eles estavam acabando de montar a barraca, então nós fomos arrumar a fogueira. Quando todos haviam acabado seus deveres, nós sentamos em volta da lareira e começamos a contar histórias, nós rimos até tarde, quando todos foram pra dentro das barracas e dormir. Fiquei bastante tempo tentando dormir, até que eu saí da barraca, deitei em uma toalha que havia no chão e fiquei observando as estrelas. Uma pessoa aproximou-se e deitou do meu lado, era a Mari.

- Mari... Eu te perguntei aquilo mais cedo porque eu acho que estou gostando de uma menina... Ela é tipo o sol, ilumina todo o meu dia, ela me faz feliz, ela é incrível! Um amor de pessoa! Ela é uma das minhas motivações do dia a dia! E o meu sol é você Mari! – Falei para ela

- Uou! Eu realmente não sei o que dizer! É lin... – Ela disse mas eu a interrompi

- Não precisa dizer nada! – Disse e depois beijei-a

Nós depois acabamos adormecendo de mãos dadas alímesmo, eu nem acredito que beijei o meu sol.

Demorou mais saiu kkkkk, bjooos

Primeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora