Par de Estrelas Sem Nome

Colors

Comentem bastante e votem porque isso me motiva demais. Boa leitura, bebês 🖤

Como eu havia prometido, iria conversar com a minha mãe sobre o que quer que tenha acontecido comigo há algum tempo atrás, e o motivo de que por mais que eu me esforce veemente, as lembranças não chegam a minha mente, tornando a recuperação de minha memória falhas consecutivas. E parecia um bom momento para se ter essa conversa, já que mamãe estava sentada no sofá da sala assistindo seus filmes antigos e clichês, como por exemplo Titanic... Rosé me impressiona todas as vezes com sua incrível capacidade de ser uma idiota, e por ser espaçosa demais, acabou perdendo o perfeito, Di Caprio. Cris, aonde isso era emocionante? Ele abdicou tanto por ela, e o que ela me faz? Não cede um pouquinho de espaço para o "amor de sua vida". Essa garota tem problema ou o quê? Bom, deixa pra lá. Talvez eu seja insensível demais (ou não).

Eu havia acordado no período da tarde porque após ler as páginas daquele diário que contavam de forma fervorosa sobre declarações e primeiros beijos, era impossível dar um descanso a minha mente. O aniversário do Jimin também não foi uma data bem vista já que as coisas estavam meio complicadas entre nós, se é que você me entende. Ele respondeu meu texto de aniversário com palavras um tanto enigmáticas e ressentidas, e aquilo havia me deixado ainda mais encabulada.

"Ali, eu te amo e você sabe que eu faria tudo o que estivesse ao meu alcance para te fazer sorrir, e é te poupando de dores futuras que eu digo que por mais errôneo que seja, certas escolhas machucariam ainda mais se fossem sinceras por um todo. Eu não sei viver sem você, então por favor, nunca me faça ter que aprender a caminhar sem sua mão me acalentando."

Eu não sei o que dizer a respeito da mensagem de texto do Jimin, mas eu sei que senti muito com o que ele havia escrito. Nós éramos melhores amigos há tanto tempo, que eu não lembrava de um dia sequer sem que o Jimin não estivesse presente. Havíamos tanto para contar. Brincávamos de cabana quando crianças, e quando eu, Seokjin e Jimin adentravamos embaixo dos cobertores que representavam nosso esconderijo, esqueciamos o mundo lá fora por um instante, porque não existe nada que pudesse nos ferir quando estivessemos juntos.

Quando Park e Kim desfizeram sua amizade, eu presenciei o sofrimento dos meus dois melhores amigos, e tenho que dizer que sofri em dobro. Quando somos próximos demais de duas pessoas, e elas acabam brigando entre si, é quase impossível que essa briga não atinja a todos, e é claro que os respingos chegaram até mim. Em momento nenhum, eles pediram para que eu escolhesse entre um deles, porque eu jamais poderia fazer uma escolha como essa, mas quando Jin mudou de cidade, ficou bem claro que a mais remota ideia de reconciliação tinha sido jogada pelo espaço. E novamente eu lidei com a dor de um trio separado, um amigo distante e ainda sim tive que me manter forte por Jimin, porque eu sabia que silenciosamente ele estava sentindo as feridas rasgando a sua pele que sempre foi tão bonita para que machucados estivessem evidentes. E mesmo que eu não tenha verbalizado, o destino me fez ter apenas o de cabelos rosados em minha vida, e era tão difícil saber que seu confidente e o mais leal de todos os amigos, estava lhe dando as costas, ou caminhando em passos contrários aos seus. E aquilo doía, dói como o inferno.

- Oi mãe

- Oi filha, como você está? - A mais velha acariciou minhas costas

- Bem e a senhora?

- Senhora? Eu tenho cara de velha por acaso, Alice? - Eu ri. A velha era impagável

- Não, longe de mim dizer uma coisa dessas - Ela apertou os olhos em minha direção e eu ri. Sentia falta desses momentos entre mãe e filha, mas o trabalho de meus pais sempre se encarregou de deixá-los distante de mim

- Mãe, eu posso te perguntar uma coisa?

- Se eu disser que não, você faria a pergunta de qualquer forma. Apenas faça