「Casais Misteriosos」[Mistério de Amor: Parte 2]

Conflitos amorosos e familiares

Ponto de vista de Lalisa Manoban

Cheguei em casa, depois de um longo dia de trabalho, eu estava extremamente cansada.

Peguei as cartas do pé da porta e entrei em casa, acendi a luz e encarei a multa que havia levado.

Respirei fundo e pensei em como eu poderia pagar a multa, vender algo que não uso mais, pedir hora extra no trabalho, eu não tinha mais condições de pagar mais nada.

Estranhei que minha esposa não desceu para me cumprimentar, ela sempre espera ouvir o barulho da chave destrancando a porta para vir me abraçar e beijar.

Subi as escadas até o nosso quarto, ela também não estava lá.

Ouvi barulhos de coisas caindo, estava vindo de algum lugar na cozinha.

Desci até lá e abri a porta da cozinha... Tive uma surpresa desagradável.

- QUE PORRA É ESSA, PARK MANOBAN CHAEYOUNG?

(Um dia antes...)

- Ele vem hoje, amor. - Disse Chae, desligando o celular e o colocando na bolsa, enquanto eu lia o rótulo do molho de tomate.

- Hum... cheio de conservante, vou levar outro. - Eu não dei ouvidos, achava que a idéia de me encontrar com um garoto que eu nem conhecia, era horrível.

- Lisa! Você ao menos me ouviu? - Chaeyoung ficou irritada e me deu um tapinha no ombro, chamando minha atenção. - O seu vizinho vem na nossa casa hoje no almoço para conversar conosco e fazer amizades, por que ele é novo no país e precisa conhecer pessoas que o acolhem, VOCÊ ME ENTENDEU?

- Ai ai! Não grita no meu ouvido! - Me afastei um pouco dela. - Não acho que esse garoto tenha que entrar na casa onde eu pago as contas.

- Nós sempre dividimos as contas, Park Manoban Lalisa!!!

- Aff, por que ele é tão importante? Você passa mais tempo falando com ele do que transando comigo!

As pessoas ao nosso redor nos olharam fixamente, eu não me importei, porém, minha esposa corou igual um tomate e logo em seguida se agachou, colocando as mãos no rosto e chorou baixinho.

Me senti culpada, me arrependi de ter dito aquilo, uma lágrima escorreu pelo meu rosto e algumas pessoas me olharam com reprovação.

Eu não sabia se a reprovação era raiva por eu ter magoado minha esposa ou homofobia, mas não me importava.

Me abaixei e toquei o ombro de Chae.

- A-amor... Me desculpa, eu... Não queria ter dito aquilo... Quer dizer... Eu queria, não era pra te fazer chorar... - Tentei me aproximar para lhe dar um abraço, mas ela deu um tapa na minha mão e levantou com um pulo.

- NÃO! - Ela gritou enquanto eu ainda estava ajoelhada no chão. - Você só pensa em si mesma! Ele é meu amigo, você gostando ou não! Por que sempre tão ciumenta?! E quer saber de uma coisa, Lalisa?! VOCÊ PASSA MAIS TEMPO TRABALHANDO DO QUE TRANSANDO COMIGO! IDIOTA!!!

As pessoas que nos fitavam fizeram um som do tipo "ui", também disseram coisas do tipo "tomou na cara", ou "essa doeu".

Me levantei rapidamente, com os olhos marejados, ela se virou para sair, mas eu segurei seu pulso.

- Rosé... - Ela se virou para mim, ainda chorando. - Eu... Eu.. Não sei o que dizer... Me perdoe... É assim que você se sente... sobre o meu trabalho?