Repente de uma viola
Que não se controla,
Só quer diversão.
Versão de vida sem escola,
Corre atrás de bola, enrola esse pião.
Pião que é um peão de trecho
E que nesse contexto quer ser cidadão.
Dá não, que embola pelo mundo
Em desprezo profundo na escravidão.
Vidão que se leva na praia,
Gente dessa laia viaja é de avião.
Visão do império lá de cima,
Sabe onde termina, onde começa não.
A vida só nos dá seu preço:
Pra uns dá o berço, pra outros o chão.
Eu mesmo só tenho a viola
E ela me consola e dá motivação.
Mas de repente a gente não vive,
Ninguém tá livre de uma maldição
De ser preso nessas trovas das modas ferinas
Das rimas de uma paixão
Que de repente a gente nem quer.
Quando a gente não termina bem o amor de uma mulher,
Aquela dor felina
Bolina o nosso coração!
Repente de uma viola
Que já vai embora atrás de outra canção!!!
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Repente
PoetryPoemas que vêm de repente ou às vezes demoradamente, lentamente, como um raio de luz ou como uma pesada nuvem chuvosa, trazendo versos, rimas, sentimentos, luminosidades ou penumbras, exposições, recolhimentos, introversões, olhares tristes ou alegr...