Capitulo 6: A volta dos que não foram

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"Make choices that you think are right, then suffer because of them"

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"Make choices that you think are right, then suffer because of them"

Em algum lugar no norte da Alemanha
1990

-isso é cerca de dez anos depois- exclamou Lily

Era estranho como o silêncio conseguia lhe trazer uma sensação de conforto e ao mesmo tempo lhe deixar tão alerta.

Era como se alguma coisa fosse acontecer...

Desenvolvera a mania de checar todas as portas e janelas duas vezes antes de dormir, sendo que assim que se deitava, ficava com a pequena duvida se deixara ou não a janela da cozinha aberta.

Ela sempre levantava para checar.

E a janela sempre estava fechada.

Durante aqueles anos Elizabeth teve seus pequenos momentos de paz, mas se pudesse, voltaria para os tempos de escola e nunca mais sairia de lá.

Tanta coisa tinha acontecido.

Tanta morte.

Os alunos se remexeram nos sofás, quem tinha morrido?

Sentia saudades da época em que deitava com Régulos em frente a lareira e passavam horas conversando ou das pequenas disputas que fazia com Charles.

Sentia saudades deles.

Era estranho

Ela não sabia mais como era viver sozinha, sem as reclamações de Régulos todos os dias ao acordar, de suas opiniões não solicitadas na hora de fazer a comida ou de como ele insistia em lhe fazer café da manhã todos os dias mesmo sendo um desastre na cozinha.

-Vocês moram juntos?- exclamou James

-Não!- disse Régulos- pelo menos ainda não- sussurrou.

Ninguém na sala pareceu ter ouvido.

E agora, mesmo dez anos depois, não havia se acostumado com o silêncio de sua casa sem a presença do garoto.

Elizabeth soltou um suspiro.

Assoprou mais uma vez seu café, tinha acabado de acordar, com o barulho irritante de um piado vindo da sala.

Quando entrou na sala, o sol nem estava no céu ainda, havia uma pequena coruja negra parada do lado de fora se sua janela, piando e sacudindo as asas.

Finalmente recebera uma resposta de Narcisa- afinal.

Narcisa projetou seu corpo para frente ao ouvir seu nome.

Ao abrir a janela, a coruja, de forma que beirava a arrogância, entrou para dentro, parando a sua frente, com o peito estufado, orgulhosa por entregar a carta em segurança.

Elizabeth Potter - lendo o futuroOnde histórias criam vida. Descubra agora