Anakin: O Monstro Ressurge

Prólogo

No ano de 2120, um cientista bilionário chamado Luan Nobren fora responsável por designar um grupo especial de cientistas para coordenar uma pesquisa que mudaria o destino da humanidade completamente, seu objetivo era trazer de volta à vida os maiores predadores que já caminharam pela Terra: os Dinossauros. Ao revelar sua ideia pela primeira vez na mídia, fora transformado em chacota pelos nobres e poderosos da época, que diziam ser um grande desperdício de dinheiro investir em algo tão fútil e fantasioso como uma pesquisa dessas. Mas Luan não ligava, persistente e teimoso, insistiu que faria isso mesmo que não houvesse nenhum motivo explícito para ceder bilhões de sua fortuna a essa pesquisa.

Trinta anos depois, com inúmeras tentativas e falhas, pela primeira vez uma espécime parecia apresentar sinais de vida, mas não sobreviveu muito mais do que três dias.

Mais vinte anos se passaram e Luan acabara por falecer antes de ver sua pesquisa ser concluída, passando assim todos os direitos de seu trabalho para seu único filho: João Nobren, que continuou a pesquisa com a ambição de negociar a venda dos animais para outros países como armas de guerra que poderiam derrubar um exército inteiro sem muita dificuldade.

80 anos após Luan Nobren ter dado início à pesquisa, ano de 2200.

Algo parece estranho na incubadora. O cientista se aproxima do vidro lentamente, observando atentamente os três ovos postos lá dentro. Sua respiração embaça o vidro mas não o impede de perceber as rachaduras se formando nas cascas simultaneamente. Lucas senta-se em um banco de frente para a incubadora correndo sua caneta pelas folhas de um bloco de notas, anotação atrás de anotação enquanto observa cada detalhe do processo. Horas depois, os três filhotes já estavam completamente fora dos ovos e tentando movimentar-se. Ele inicia os testes de saúde e, para sua surpresa, estão os três quase que 100% saudáveis.

― Isso é incrível. ― Indagou com brilho no olhar

Ele não hesitou em informar aos seus supervisores o mais rápido possível.

Dias se passaram e as espécimes estavam crescendo normalmente sem nenhum sinal de instabilidade genética. Certo dia, seu filho e sua esposa foram visita-lo no laboratório como de costume:

― Pai, você acha que eu poderei ter um dino de estimação?! Seria como ser um cavaleiro de dragão! Só que de dinossauro! Ah... Mas... eu prefiro guerreiros do que cavaleiros.... Isso! Eu serei um guerreiro de dinossauros!! Eu posso ter um dino né pai?! ― Perguntou seu filho, Nicolas, com empolgação. Lucas e os demais colegas de trabalho riram e sorriram ao ouvir a ideia do rapaz, que tinha apenas 10 anos de idade.

― Eu não acho que seria possível ― Disse sereno enquanto virava seu rosto para a porta que levava ao habitat criado artificialmente para os filhotes. Nicolas seguiu o olhar de seu pai enquanto ouvia suas palavras ― São pequenos agora, mas ficarão tão grandes que não caberiam dentro de casa

― Uoooou!! Sério?! É tão grande assim?! ― Os olhos de Nicolas pareceram brilhar ainda mais enquanto jogava seu corpo na direção de Lucas, pedindo para que seu pai lhe contasse mais sobre eles.

― Nicolas, ― Sua mãe bagunçou seu cabelo com as mãos a fim de provoca-lo enquanto sorria ― Não atormente seu pai, vamos. Vá ao banheiro para irmos embora, não podemos atrapalhar ainda mais o trabalho de seu pai.

― Mas mãe... os dinossauros...

― Podem conversar mais sobre isso quando seu pai for pra casa, agora vá no banheiro, não me faça pedir uma terceira vez.

Nicolas foi ao banheiro resmungando e logo em seguida a conversa fora interrompida por Nobren, que entrou no laboratório com mais escoltas do que o necessário.