XI

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Sem fôlego, Jongin acordou. O ar gélido que ultrapassava a fresta da janela era o suficiente para deixar o quarto congelando, mesmo o edredom cobrindo-os. O pesadelo havia deixado-no ofegante e suando frio, apesar da temperatura amena presente no ambiente.

Não pode deixar de olhar para o lado e conferir se ela realmente estava lá, se tudo o que pensou ser real não passava de uma mera pegadinha feita pelo próprio cérebro, brincando com o seu pior medo.

Dormindo serenamente, o peito levantando a cara inspiração e abaixando a cada expiração, lá estava ela. Sua maior confidente e companheira. Não a primeira namorada, mas a única que pode capturar verdadeiramente quem ele é, junto à seu coração. Com ela, não precisava forçar ser um outro alguém para tentar suprir as expectativas de outros à si mesmo. Seu coração era o que lhe importava.



Quando ele voltou a andar com seu grupo de amigos, depois de afastar-se por um período de tempo devido seu namoro com Krystal, percebeu a falta que sentia de todos em sua rotina, principalmente dela. Após alguns dias refletindo, confirmou o que sentia pela melhor amiga e terminou com Krystal, que foi gentil o suficiente para aceitar o que aconteceu e acabar tudo em bons termos.
É impossível controlar o coração, seja emoções positivas ou negativas, e quanto mais fundo enterramos nossos sentimentos, mais machucados ficamos. Aprecio que tenha me contado a verdade, disse a mesma.
A partir disso, tomou a coragem e confessou-se ao seu amor, antes oculto. Sua declaração foi correspondida, para sua surpresa e alívio. Saíram algumas vezes e, por conseguinte, começaram a namorar.



O suspiro de alívio que soltara fora suficiente para relaxar e ajustar, aos poucos, as batidas descompassadas de seu coração.

Tudo não passou de um sonho. Não há nada com que se preocupar, ela está aqui, junto a ti, e está tudo bem, disse mentalmente em forma de lembrete, tentando de algum jeito acalmar seu estado de espírito.

Encostando novamente a cabeça no travesseiro, direcionou o olhar às costas de sua companheira. O que eu sequer faria sem você?

Deu um beijo no ombro exposto pela regata que ela usava, e, finalmente, permitiu-se descansar.

Fim.

One and Only - k.jiOnde histórias criam vida. Descubra agora