Bebedeira

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[Pov’s Meliodas]

- Liz você não devia ter bebido tanto – falo para a rosada que carrego em minhas costas.

- E ocê! Divia cuidar da sua vida – diz, totalmente mole pela bebida.

- É exatamente isso que estou fazendo – sussurro, a ouvindo resmungar.

- Meliodas você é estrago – fala, apoiando a cabeça no meu ombro.

- Você acha? – pergunto, virando em outra rua.

- Siiimmm, mas isso não me impede de gostar de você, seu peveltido – ela responde, cheirando meu cabelo, o que me deixa corado – cheira tão bem – diz e por um momento, fico sem saber o que dizer.

Abro a porta de sua casa, a levando para o seu quarto, pois neste momento, não confio muito em mim mesmo perto dela. A coloco na cama, retirando seus sapatos, a cobrindo, contudo, por mais que eu queira ir embora, não consigo me afastar.

- Por que amar dói tanto? – me pergunto em voz baixa, me virando para ir embora, mas sinto algo segurar minha mão, me fazendo olhar para trás.

- Por favor Meliodas, fica! Eu não quero ficar sozinha, eu não quero me afastar de você – pede, começando a chorar.

- Ei, calma – peço, sentando ao seu lado na cama – eu nunca vou te abandonar, mesmo que você peça, me bata ou jogue uma cadeira em cima de mim, de novo – falo, a fazendo soltar uma pequena risada – sempre estarei aqui quando precisar – digo, beijando sua testa.

- Então dorme aqui comigo? – pede, com aqueles olhos brilhantes, os mesmos que fizeram eu me apaixonar e arriscar tudo por ela, mas que por fim, me impedia de lhe dizer não para qualquer assunto.

- Eu fico – falo, a deixando mais relaxada.

Tiro as botas e deito ao seu lado, a olhando. Ah! Como eu amo essa garota! Penso, enquanto a mesma me abraça, se aconchegando no meu peito. Aproveito então a oportunidade para abraça-la mais uma vez, pois não sei quando isso ocorrerá, afinal essa Elizabeth aqui, não me deixa chegar muito perto.

Sorrio, mergulhando meu rosto em seus cabelos, sentindo aquele cheiro que apenas ela tinha, que parecia um tranquilizante para meus nervos:

- Eu te amo Elizabeth, não, Liz – falo, sabendo que mais uma vez, eu estava condenado a me apaixonar, embora essa prisão, eu me oferecesse para suporta-la de bom grado, desde que eu sempre pudesse tê-la em meus braços, mesmo que por pouco tempo.

[Pov’s Elizabeth]

Acordo, sentindo minha cabeça latejando, algo compreensível, já que eu beberá demais na noite anterior, tudo por causa daquele idiota do Meliodas.

A verdade é que o mesmo me salvará de um inimigo, o qual teria me matado sem eu nem me dar conta, contudo, o loiro fora mais rápido, acabando com aquele homem. Ele veio até mim, preocupado, me perguntando como eu estava, cuidando de mim, mesmo eu afirmando estar bem.

Depois disso, tratei de evita-lo o resto do dia, me perguntando o porque de meu coração palpitar sempre que eu o via, o motivo de eu me preocupar quando ao menor sinal de ferimentos que ele recebia, eu pirar. Por fim, entendi, eu havia me apaixonado por Meliodas, simples e fácil assim, porém, aceitar isso era outra historia.

Dessa maneira, decidi encher a cara, para esquecer disso, só que em algum momento, o mesmo veio até mim e percebendo que eu não estava bem, me carregou até em casa e dormiu comigo, a pedido meu.

Quando percebo o que ocorrerá, abro os olhos, me levantando e olhando para o lado, vendo ninguém mais, ninguém menos do que aquele loiro irritante que roubará o meu coração. Grito, me dando conta do que eu fiz, o fazendo acordar assustado e cair no chão, antes de se levantar, meio sonolento:

- O que foi Liz? – pergunta, bocejando.

- Você... você está aqui! Na minha casa! – falo, levantando.

- Sim, isso te incomoda tanto assim? – brinca, sorrindo.

Me incomoda, será mesmo? Penso, relembrando a minha descoberta de mais cedo e a verdade, era que não incomodava, na verdade, acordar e vê-lo ali, bem na minha frente, era algo do qual eu gostava:

- Não – respondo, o fazendo ficar sério – na verdade, eu gosto de você estar aqui – falo, morrendo de vergonha.

- Então isso quer dizer que você gosta de mim? – pergunta, enfiando a cara nos meus seios e mesmo morrendo de vergonha, respondo a verdade.

- Sim, eu amo você – falo, o deixando perplexo, se afastando, me fazendo olhar para tudo, exceto ele – mas você não me vê do mesmo jeito.

- Está errada – diz, me fazendo olhar para ele imediatamente – eu amo você!

Ele falou aquilo com tanta convicção, sem dúvida nenhuma. Não pude evitar o sorriso que tomou meu rosto, antes de me jogar em seus braços, o abraçando, enquanto dava vários beijo em seu rosto, ambos rindo.

Porém, em certo momento, a brincadeira ficou séria e eu pude não apenas ver, mas também sentir seu desejo por mim e pelas deusas, eu também o queria! Sem pensar duas vezes, o beijo, cheia de paixão, sendo correspondida rapidamente.

O beijo vai ficando cada vez mais perigoso, cheio de luxúria. Vamos andando, até que caio de costas no colchão, nos fazendo parar o beijo, ofegantes:

- Você tem certeza disso? – mesmo pergunta, com a voz rouca.

- Eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida, como isso – digo, o fazendo sorrir, voltando a me beijar.

Aquele dia, foi o melhor possível da minha vida, afinal eu o tinha e sabia que o mesmo, não me largaria por nada e essa certeza, era a melhor de todas.

A garotinha da minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora