[Pov’s Meliodas]
- Ah! – suspiro, me espreguiçando.
Finalmente eu e os, agora sete pecados capitais, havíamos retornado ao reino depois de uma longa missão, ou seja, finalmente estávamos em “casa”:
- Ei, Capita! – o Ban me chama, enquanto andamos pela cidade – o que acha de irmos comemorar a vitória sobre mais uma missão?
- É uma ótima ideia – falo, sorrindo.
- Como se a gente nunca bebesse – o King resmunga, rindo da situação toda.
- Mas antes eu tenho algo pra fazer – falo, parando de andar, me virando para os outros – podem ir indo na frente pessoal, logo encontro vocês! – digo, voltando a andar na direção do castelo.
- Aonde será que o Capitão vai? – a Diane questiona para ninguém em particular.
- Deve estar indo ver a princesinha dele – o Ban diz, acompanhando os outros no caminho até o bar.
Teoricamente, eu tenho que reportar tudo o que ocorreu na missão ao rei, mas mentiria se dissesse que ver a Elizabeth não é um bônus incrível.
Sorrio, pensando em como ela sempre fica quando saio em missão, toda preocupada de que eu não volte. Uma coisa que aprendi foi a não dizer quanto tempo permanecerei fora, já que certa vez, disse que retornaria em três dias, contudo acabamos demorando um dia há mais para voltar e quando a vi, ela estava furiosa por eu ter “mentido” para ela.
Me acabei de rir pela carinha irritada dela, a parte boa é que a mesma não guarda rancor, me perdoando assim que pedi desculpas e a abracei.
Ao menos agora ela não ficava doente, o que era algo ótimo.
Na época, era algo simples, basicamente eu tinha que escoltar um emissário do reino vizinho até sua terra natal. Levaria quatro dias e como não havia ninguém tão confiável e disponível, não tive muita escolha a não ser aceitar, mesmo que ficar muito tempo da minha princesa me doesse, era algo preciso.
Assim eu parti, chegando até um pouco antes do esperado, logo tratei de ir ver a Elizabeth, para só então descobrir que a mesma havia adoecido na minha ausência e pelo que a médica pode constatar, tudo se tratava da mesma não ter seu cavaleiro por perto, no caso, eu.
Me senti culpado, talvez eu devesse ter ficado, dizendo firmemente que não a abandonaria, não sei, qualquer coisa não envolvesse deixa-la sozinha por muito tempo. Porém, agora não adiantava me lamentar, eu precisava agir e se o único modo era estar ao seu lado, trocando as toalhas de sua testa, então eu o faria com o maior prazer.
Deste modo, mesmo com as reclamações da médica sobre eu ser homem, tive o apoio total de Bartra, o qual me deixou ficar, colocando até um sofá no quarto, para que assim eu pudesse dormir bem, afinal mesmo que meu corpo pedisse uma cama confortável, eu não iria sair do lado dela por nada naquele momento.
Por fim, depois de alguns dias, a mesma melhorou e assim que teve total ciência da minha presença, grudou em mim que eu só saia de perto dela para ir ao banheiro, do contrário a mesma começava a chorar e eu logo dizia que não era tão importante, não como ela.
Agora, estou diante das portas do castelo, observando a imensa construção, quando ouço meu nome ser chamado, me fazendo olhar para baixo, vendo uma pequena garota, não tão pequena assim agora, correndo em minha direção:
- Elizabeth! – chamo a mesma, me agachando e abrindo os braços, nos quais ela se joga sem hesitar, me abraçando apertado.
- Senti sua falta – a albina diz, apoiando o rosto no meu peito.
- E eu voltei pra você, como sempre vou fazer – falo, beijando seus cabelos, fazendo a mesma levantar a cabeça.
- Adivinha! – pede, toda animada.
- Huuum, você ficou quietinha e não se machucou? – tento, mesmo sabendo que algo assim nunca vai acontecer, já que a Elizabeth é um imã de problemas, quase me deixando doido as vezes.
- Não, melhor! – diz, pulando.
- Melhor? O que pode ser melhor que a senhorita não deixar a gente preocupado? – falo, tocando a ponta do seu nariz.
- Meu dente caiu! – fala, abrindo a boca, mostrando o espaço que agora havia lá.
- Que incrível Ellie – falo, então a mesma me entrega uma sacolinha de veludo vermelho – o que é isso?
- Abre – pede e assim o faço, achando um pequeno dentinho – é o meu primeiro dente e queria que ficasse com você Meliodas – diz, com torcendo as mãozinhas.
- Mas o seu pai e as suas irmãs devem querer ele, não é?
- Até queria, mas quem disse que ela deixou? – o rei Bartra, aparece, vindo até nos – disse que você era o único que ficaria com o dente, nem mesmo falando que a fada do dente daria a ela um presente ela quis – fala, rindo.
- Oi Bartra!
- Bem-vindo de volta Meliodas, mas temo ter alguns assuntos para tratar com você – diz, olhando rapidamente para a albina ao meu lado.
- Claro - falo, me virando para a Elizabeth, a qual estava olhando para baixo, chateada por não poder passar todo o tempo do mundo comigo – Elizabeth – chamo, a fazendo olhar para mim – eu amei o presente e pode ter certeza de que irei guardar ele comigo pra sempre – falo, a vendo voltar a sorrir – agora eu tenho que resolver alguns assuntos com o seu pai, mas depois eu prometo que vou passar um tempo com você.
- Tá tudo, mas me coloca pra dormir? – pede, afinal já havia anoitecido.
- Agora mesmo Vossa Alteza – brinco, a deixando feliz.
- Bom, assim que terminar, venha conversar comigo Meliodas – diz e pelo seu semblante, posso perceber que o assunto é de extrema importância.
- Sim – digo, sendo puxado pela albina em direção ao castelo – até daqui a pouco – falo, me concentrando na Ellie.
Eu gostaria de dizer que eu ainda pude aproveitar muito a presença da Elizabeth depois da conversa daquela noite e eu gostaria que tivesse acontecido assim, de poder coloca-la para dormir, brincar ao seu lado, estar com ela; contudo, o destino é complicado e muitas vezes, não pode ser evitado, principalmente, quando envolvia a nós dois.
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A garotinha da minha vida
FanficEla era a razão de sua vida e ele estava condenado a amar aquela garota para sempre, afinal Elizabeth sempre será a garotinha da sua vida