[Pov’s Meliodas]
Eu e os outros pecados havíamos sido convocados para uma reunião em um castelo nos arredores do castelo e como era a fundação do reino, eu provavelmente conseguiria ver a Elizabeth, o que me deixava ainda mais animado.
Eu estava com tanta saudade! Graças as missões que os sete pecados capitais deviam executar, passei a vê-la muito pouco e embora isso não me impedisse de lembrar da mesma todo dia e noite, me deixava louco para abraça-la novamente, contudo, eu deveria disfarçar a minha inquietação, já que eu teria todo o tempo do mundo para mimar a mesma depois da reunião com o Zaratras:
- Eu queria beber algo para comemorar a fundação do reino – digo, sendo lembrado pelo King de que eu sempre bebia, com festa ou não, uma grande verdade.
Para Merlin, o assunto do grão mestre, deveria ser muito importante, algo que eu devia concordar com ela, afinal não éramos chamados com frequência, apenas quando havia um assunto muito sério em jogo, já a Diane, esperava uma recompensa, algo pelo qual eu torcia, embora o melhor prêmio que eu poderia ganhar, seria ficar perto da minha garotinha.
Chegamos na sala do grão mestre, anunciando nossa entrada, antes de encontra-lo cheio de lanças e outros objetos pontiagudos, encravados por todo o seu corpo. Todos estávamos chocados demais com a situação, nos perguntando quem e porque motivo alguém faria isso, porém, sinto uma presença na sala, fazendo eu me virar para trás, dando de cara com uma Elizabeth assustada e indefesa, encolhida em um canto da sala, morrendo de medo:
- Elizabeth! – grito, correndo até ela, a amparando em meus braços – você está bem? Se machucou? – pergunto, preocupado e apesar do grande choque, ela me responde.
- Eu estou bem – fala, me abraçando, evitando olhar para o homem atrás de mim, agora morto.
- Você viu o que aconteceu? – a Merlin perguntou, a fazendo negar.
- Não, eu estava andando pelo castelo, como soube que voltariam hoje, eu quis vir e achei ele assim... – explica, olhando para nós.
- Senti alguma coisa – o King nos avisa, me fazendo ir até uma das janelas, vendo um grande exército.
- Não acredito... – falo, chocado pelo que vejo – fomos cercados por todos os cavaleiros do reino!
- Temos que ir, logo vão começar a nos atacar – Ban diz, me fazendo concordar com o mesmo.
- Sim, vamos nos separar e depois nos encontramos! – digo e vamos cada um para um lado, enquanto eu vou até a albina – você tem que se esconder Elizabeth, é muito perigoso para você – falo, porém, a mesma nega.
- Não! Eu quero ir com você Meliodas – diz, juntando as mãozinhas – tem uma passagem secreta nesse castelo que só eu e o papai conhecemos – fala, me fazendo sorrir, como eu amava essa garotinha.
- Obrigada Elizabeth, mas não dá, você tem que ficar aqui, aonde estará segura – falo, mesmo que me machucasse profundamente a ideia de me afastar dela, nunca a coloria em perigo, ainda mais de maneira desnecessária.
- Não! – grita, dando um tapa na minha mão, correndo na frente – vem! A passagem secreta é por aqui!
Tudo depois disso aconteceu de forma muito rápida. Os cavaleiros começaram a atacar o castelo, com isso a estrutura se abalou, fazendo as pedras da parede voarem, machucando assim a Elizabeth.
Grito seu nome, indo até a mesma, sem ver mais nada ao redor:
- Droga! Isso é ruim, os cavaleiros sagrados começaram a atacar o castelo! – ouço o King dizer, percebendo que não se afastaram muito de nós, contudo, minha preocupação era outra.
Me jogo ao lado da Elizabeth, a pegando em meus braços vendo seus machucados:
- Estão tratando de nos fazer sair daqui ou de nos enterrar junto com todo o castelo!? – a Diane questiona, o que não era mentira, afinal cada vez mais podia se sentir os impactos causados nas paredes.
- Meliodas! Nós também temos que... Meliodas? – a Merlin chama, todavia, tudo que sinto agora, é raiva.
- Por acaso estão tentando tirar a Elizabeth de mim outra vez!? – falo alto, não sabendo como ou quando esse sofrimento poderia ter fim.
- Ela está bem! A ferida em sua cabeça está sangrando, mas não é profunda – o pecado da gula diz, porém, não a escuto de verdade, tudo que sinto é a raiva da minha própria impotência por não poder salva-la, de novo e ter de saber que ela partirá – que demônios a Elizabeth fez para vocês!? Por quanto tempo mais nos faram sofrer para se darem por satisfeitos!?
Sem me dar conta, começo a liberar minha aura demoníaca e mesmo sabendo que o que ocorreu em Danafol, poderia se repetir neste exato momento, não me importei, pois eu faria qualquer coisa para poder proteger a minha amada Elizabeth. Entretanto, posso ouvir as palavras da Merlin:
- Sinto muito capitão... – pede e aos poucos vou perdendo a consciência – Meliodas... onee-san... adeus por hora, mas a maldição do destino fará vocês se reencontrarem outra vez....
Eu não entendia até então tudo que estava acontecendo, mas uma coisa é fato, se a nossa maga não tivesse retirado minha magia, sem dúvidas teríamos um grandioso estrago em Liones hoje em dia, além de condenar o amor de minha vida, a ter de reviver novamente.
[Pov’s Autora]
- Os sete... pecados capitais... – Elizabeth repete o que sua irmã acabou de lhe dizer, sem entender sobre o que ela se referia.
- Sim! Eles são os meninos maus que destruíram o reino! E nesse dia você foi ferida gravemente! Sério que não se lembra de nada? – Veronica sua irmã mais velha, lhe conta.
- Ah! Um pássaro – a albina diz, apontando para o céu, antes de sair correndo pelo jardim, mesmo com a cabeça enfaixada pelo “ataque”.
- Ellie! – Veronica a chama, mas sem chance dela volta e escutar a mesma, o que a faz suspirar.
- Veronica... ela disse que não se lembra... – Margareth, a mais velha das três à para.
- Mas... – as duas observam a albina – ela era tão apegada nele – diz, concordando com a mais velha.
Sem dúvidas, saber que Elizabeth, sua pequena irmãzinha, havia perdido todas as suas memórias referentes a Meliodas e os companheiros que o cercavam, em partes era doloroso, já que a albina amava estar perto deles, no entanto, se aquilo era o melhor para a mesma, evitando que se machucasse ainda mais, então não forçariam a coisa toda.
Afinal, tem certas coisas que não se pode forçar, apenas observar o que ocorrerá. A questão é que tudo que iria ocorrer, seriam coisas bem terríveis, principalmente para a então, pequena Ellie e seu protetor, ambos sem saberem da existência do outro nesta vida.
Contudo, o amor sempre encontra o seu caminho e no caso deles dois, não seria diferente.
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A garotinha da minha vida
FanfictionEla era a razão de sua vida e ele estava condenado a amar aquela garota para sempre, afinal Elizabeth sempre será a garotinha da sua vida