Capítulo 2

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1866, 4 de fevereiro.


No momento em que abriu os olhos a primeira coisa que Grace viu foi Klaus, o homem estava sentado em uma poltrona ao lado da cama da morena, ele parecia dormir serenamente, mas parecia ser um local desconfortável.

Por um minuto ela parou para tentar lembrar o que aconteceu, mas parecia não ter nenhuma lembrança, ela se lembra de sair do armário e simplesmente apagar.

Klaus.- Ela chamou e no mesmo instante o homem levantou em um pulo, Grace apenas riu de seu apavoramento.

A verdade é que Klaus havia passado os dois dias no quarto de Grace, esperando o momento em que ela acordasse para que ele tivesse total certeza de que ela estava bem, ninguém conseguiu tirá-lo do quarto, ele não queria sair de perto dela, ele queria estar ao seu lado quando ela acordasse, ele queria ser o primeiro a ver seus grandes e belos olhos azuis, que lhe faziam lembrar do oceano, um pelo oceano brilhante.

— Graças aos céus Amor, você me deixou preocupado.- Klaus lhe abraçou carinhosamente e ela retribuiu, ele amava sentir seu doce cheiro, cheiro que lhe acalmava.- Amor você dormiu por dois dias, deixou todos nós preocupados.- Klaus falou separando o abraço, ao olhar para o rosto angelical de Grace, ela passou as mãos por seu cabelo.

— Deite-se aqui.- ela abriu espaço na cama para que ele se deitasse ao seu lado, ele fez sem questionar.- Klaus, o que aconteceu? não me lembro de nada.- Ela perguntou confusa, Klaus lhe puxou para perto de seus braços.

Durante o tempo em que Grace ficou apagada Kol fez algumas pesquisas com Elijah, e ambos descobriram que Grace é uma bruxa, vinda de um clã da Itália, onde as bruxas e bruxos ficam com os olhos verdes ao usarem magia, aparentemente eles despertam a magia quando sentem que devem proteger aqueles que amam, Grace protegeu Klaus.

— Você é uma bruxa Amor.- Klaus falou sem rodeios, no mesmo instante Grace ficou confusa, surpresa e em choque, era impossível que ela fosse uma bruxa, seus pais não eram, muito menos seus irmãos, como era possível.

— Como? Eu..eu não entendo.- ela questionou pensativa, não entendia como era possível, ela não era uma Salvatore? Não podia ser isso, ela sabia muito bem que seu pai não criaria um bastardo ou um filho que não fosse dele.

— Bem amor, só a duas opções, você é adotada ou você é uma bastarda.- Klaus falou.

— É impossível eu ser adotada, meu pai não criaria um filho que não fosse dele, ele era um homem complicado.- Explicou.- E eu me pareço muito com meu irmão mais velho, todos achavam que éramos gêmeos de tão parecidos.- Ela falou pensativa.

— Talvez sua mãe tenha traído seu pai, e ele nunca tenha descoberto.- Klaus falou, era uma hipótese, já que a mesma coisa havia acontecido com ele.

— Eu sou uma bastarda.- Ela falou baixinho, Klaus não sabia se era uma confirmação ou uma pergunta.

— Não é o fim do mundo, eu sou um bastardo Amor.- Klaus revelou, ele havia contado muitas coisas para Grace, mas não o fato de ser uma bastardo, ele pensou que isso afetaria a relação deles, já que bastardos não são bem vistos.

— Klaus, você nunca me contou.- Ela falou.- Por quê nunca me disse? - perguntou para o homem, ela se aconchegou mais ao seu corpo.

— Não é algo legal de se falar.- Klaus comentou.- Quando meu pai soube que eu não era seu filho decidiu me caçar.- Klaus explicou dando de ombros.- Mas o pior não foi isso, foi a rejeição que sofri durante toda a minha vida, os abusos e as agressões, eu me sentia tão só.- Klaus falou, seus olhos levemente arregalados, ele não olhou para Grace.

Em um movimento inocente, Grace se levantou e sentou entre as pernas de Klaus, ele virou a cara envergonhado, ele não queria que ela o visse fraco. Grace com suas mãos puxou o rosto de Klaus levemente para que ele a olhasse, ela o puxou para um abraço.

— Eu te amo Klaus.- ela revelou, os olhos dele arregalados pela confissão da garota.- Eu me importo com você, você é especial e você é o meu cavalheiro de armadura brilhante.- ela confessou, ainda abraçada ao híbrido.

Ele entrelaçou seus braços em volta da cintura da mulher e enfiou seu rosto na curva de seu pescoço, pela primeira vez em anos ele se sentiu seguro, ele sentiu que seu pai não o reprimia mais, ele sentiu que havia alguém com ele, alguém que iria cuidar dele, e ele iria cuidar dela.

— Eu também te amo querida.- Klaus falou, nunca havia dito antes em sua vida que amava uma mulher.

Muitas mulheres haviam passado por sua longa vida, algumas loucas, outras que encontraram a morte, mas ele nunca amara nenhuma delas, ele nunca havia tido sequer um beijo com Grace e já lhe amava incondicionalmente, ele sabia que morreria por ela sem pensar duas vezes.

Ainda abraçados eles sentiram que sempre teriam um ao outro, que o amor deles não era apenas carnal, eles se conectavam de uma maneira incrível, eles sabiam como o outro pensava, eles sabiam que o mundo poderia estar acabando, mas eles iriam estar juntos, nem que tivessem que enfrentar todas as bruxas do mundo, todos os lobisomens furiosos e todos os vampiros que quisessem ferir Grace, apenas para atacar Klaus e sua família.

— Você é minha família Nik.- ela falou, sua mãos fazendo carinho nos cabelos de Klaus.

— Eu vou sempre proteger você amor, sempre.- Klaus prometeu.

Klaus não podia prever o futuro, mas ele tinha apenas uma certeza em sua vida, ele nunca deixaria algo de ruim acontecer com Grace, ele sempre iria protege-la, mesmo se estiver longe dela, ele sempre a manterá viva.



𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐢𝐭𝐜𝐡𝐞𝐫, Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora