Anna, uma brasileira de origem humilde, conquistou o sonho de qualquer fã musical. Ela é a nova assistente pessoal de Ashton Irwin, da banda 5 Seconds of Summer. Contudo, ela traz cicatrizes emocionais e psíquicas de sua antiga vida. Entre os altos...
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Acordo completamente sem sono pouco depois de meia noite. Depois de me irritar na tentativa de dormir, volto a sala que está escura e vazia. Penso em ligar pra casa onde devem estar almoçando, mas vão ficar preocupados. Eu suspiro me sentindo derrotada e relaxo na poltrona.
- Vai querer aquele cigarro? - A voz baixa de Calum arrepia minha nuca me assustando. Não consigo responder, há apenas um grito preso em minha garganta devido ao susto. - Te assustei?
- Pra caralho. - As palavras finalmente voltam a minha boca.
- Ela fala palavrão! - Ele se surpreende e debocha ao mesmo tempo.
- Bem mais do que você imagina. - Ele ri e senta na outra poltrona. - Você não dorme?
- Nem você.
- Deitei cedo demais. Daqui a pouco devo ficar com sono. - Minto. Não vou confessar meus problemas nem neuras. Nossa relação já é estranha o suficiente.
- Quer beber alguma coisa? - Ele me oferece. - Me ajuda a dormir.
Acabo aceitando. Melhor beber um pouco do que ficar no desconforto e tensão da presença de Calum ou ficar rolando na cama sem sono. Ele logo aparece com uma garrafa de Whisky e dois copos. Bebemos o primeiro copo em silêncio.
Ele está descalço, vestindo uma calça de moletom cinza e com uma regata preta. A porra da regata deixa seus braços musculosos à mostra e minha - muito fértil - mente começa a querer lembrar desses braços em mim. Meus olhos passeiam vagarosamente pelos detalhes de suas tatuagens, subindo para seu pescoço e parando em seus lábios. Seus lábios carnudos. O que eu não daria para mordê-los nesse momento. Deus! Estou carente demais. Ficar tanto tempo com esses garotos é difícil, faz tempo demais que não transo, não que eu me lembre pelo menos.
Nunca poderia imaginar que Calum ficaria comigo, quer dizer, meu corpo não é nada como Crystal ou qualquer uma das que eles costumam namorar, sou uma garota grande. Sempre tive facilidade para transar, mas sei lá, a gente imagina que esses caras só querem saber das modelos, essas garotas super magras.
- Você me ouviu? - Ele pergunta meio risonho. A forma como ele me olha e como ri me faz pensar que talvez ele já estivesse bebendo antes de me encontrar.
- Não. Me desculpa, estava distraída. - Tiro os olhos de seus lábios e foco em seus olhos castanhos.
- Eu perguntei exatamente no que estava pensando. Pareceu bem interessante.
- Você já estava bebendo antes? - Pergunto rapidamente. Nunca vou admitir que estava pensando no corpo dele.
- Um pouco sim. - Ele admite. - Era isso que estava pensando?
