Capítulo 2

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Ricardo

Sempre fiz questão de deixar bem claro o quanto odiava Renato, ele era um intruso na minha vida, não era de família rica como minha mãe e meu pai, pra mim ele deu foi o golpe do baú, meu avô também não gostava muito dele mais por causa da minha mãe o suportava, depois de tudo que aconteceu meu avô achou melhor me levar pra ficar uns dias com ele, a única parte ruim foi ficar longe do meu irmão, isso porque depois da escola não íamos mais juntos pra casa, o fato de ser mais velho me deu a responsabilidade de cuidar ele e um dia alguns garotos da escola queria bater nele, aí já viu né, eu parti pra cima deles e deu a maior surra neles

Mateus nunca foi de briga, ele era amigável, sociável, gentil e bondoso, preferia fazer amigos e também sempre foi muito inteligente, seu jeito nerd atraía os valentões, mas ele tinha um irmão valentão pra defender ele também, por causa disse minh...

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Mateus nunca foi de briga, ele era amigável, sociável, gentil e bondoso, preferia fazer amigos e também sempre foi muito inteligente, seu jeito nerd atraía os valentões, mas ele tinha um irmão valentão pra defender ele também, por causa disse minha mãe era constantemente chamada na escola, era mais ou menos assim, Mateus era o anjo bom e eu o anjo mau, ele não tinha muitos amigos como eu tinha, então a maioria de seus amigos eram meus amigos também, mas de uns tempos notei que ele estava meio estranho, não o via comer durante o recreio e ás vezes sumia na hora de entrar na sala de aula, como sempre fui muito bom em descobrir as coisas, comecei a saber o que estava acontecendo com ele

Mateus nunca foi de briga, ele era amigável, sociável, gentil e bondoso, preferia fazer amigos e também sempre foi muito inteligente, seu jeito nerd atraía os valentões, mas ele tinha um irmão valentão pra defender ele também, por causa disse minh...

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Sempre contávamos tudo um pro outro e apesar de ter um melhor amigo, meu irmão era a pessoas que eu mais confiava e amava, não consigo entender porque ele não me falava o que estava acontecendo, foi aí que resolvi seguir ele um dia e saber o que estava escondendo de mim, ele entrou em uma abertura atrás do colégio e fugiu pra um bosque perto, entrou mata a dentro, corri atrás dele e quase não o alcanço

Ricardo: tá fazendo o que aqui?

Mateus: que susto, credo!

Ricardo: porque veio escondido pra cá? ta usando droga! (grita)

Mateus: você tá parecendo um maluco

Ricardo: comece a falar ou conto tudo para nosso avô

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Ricardo: comece a falar ou conto tudo para nosso avô

Nosso avô era durão e era a única pessoas que nós dois temia, ele não era mau mas se falasse que ia arrancar o nosso couro, era melhor não arriscar, um dia joguei tinta na casa de um colega ele me fez pintar todo quarteirão até amanhecer, minha mãe nunca contou a ele das brigas no colégio

Ricardo: vai falar ou não o que veio fazer aqui?

Mateus: venha vou te mostrar

Andamos mais um pouco e chegamos a um parque, ele tirou o lanche da mochila e colocou em um banco, depois correu de volta até onde eu estava e ficou sorrindo, não estava entendendo nada

Ricardo: pra que aquilo? você esta dando seu lanche pra um cachorro?

Mateus: olhe! lá vem ela

Fiquei de boca aberta ao ver que um garoto se aproximou e se sentou perto da lancheira e pegou o lanche e começou a comer, parecia que não via comida a anos, olhei pra Mateus e ele estava feliz vendo outra pessoa comer sua comida

Ricardo: então é isso que faz todos os dias com seu lanche?

Mateus: ela não o é bonita?

Ricardo: ela? achei que fosse um garoto, na verdade pensei que fosse um cachorro

Mateus: Não fale desse jeito

Ricardo: como achou aquilo?

Mateus: eu a vi um dia desse quando andava de bicicleta, estava revirando a lixeira, devia estar com fome, e não é aquilo é uma menina, uma menina muito bonita

Ricardo: e aquela coisa tem nome?

Mateus: com certeza tem mais ainda não sei, não me aproximei

Ricardo: graças a Deus pelo menos não pegou raiva, continue longe ela pode morder e não deve estar vacinada, pode até ter pulga

Ricardo: graças a Deus pelo menos não pegou raiva, continue longe ela pode morder e não deve estar vacinada, pode até ter pulga

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Mateus: não fale dela assim, ela deve ser órfã e não ter ninguém no mundo, precisa de um amigo

Não gostei do que vi naquele parque, não gostei da forma como Mateus falou e nem como olhava pra ela, e gostei menos ainda quando ela se virou e olhou na nossa direção, ele acenou e sorriu, ela fez o mesmo, naquele momento com toda certeza o que aquela coisa e meu irmão pensavam não era o mesmo que eu

Continua.......

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