O dia passou rápido, já eram 17 horas e eu estava a caminho de casa.
- Oi mãe! - ela atendeu depois do segundo toque.
- Oi querida já esta vindo para casa ?
- Sim. - coloquei no alto falante enquanto dirigia - Vai querer alguma coisa hoje ?
- Não querida só estamos esperando você, vamos jantar fora hoje para comemorar minha promoção! - a voz dela soou animada.
- Você conseguiu mãe! vendeu o imóvel, eu sabia que você ia consegui! - bradei de felicidade.
- Sou a mais nova corretora chefe, então venha para casa logo, vamos aproveitar a noite.
- Esta bem mãe.
- Dirija com cuidado. - ela desligou.
Em 30 minutos eu ja estava em casa. Jhimmi estava jogando video game na sala de terninho e gravata, e minha mãe estva no quarto se arrumando.
- Você esta linda. - ela estava colocando brincos dourados, estava com um vestido preto elegante, um sapato alto e seu cabelo estava preso em um coque bem feito com alguns fios soltos.
- Obrigado filha. - seus braços me envolveram em um abraço confortável. - Agora vá se arrumar, sairemos daqui uma hora.E você vai dirigir, estou muito cansada essa noite.
- Tudo bem. - dei um sorriso e fui para o meu quarto.
Depois do banho vesti um vestido rosa bebê de alcinha e rodadinho com suas pontas na altura do meu joelho, soltei o cabelo, coloquei um colar e pulseiras combinando, um sapato da tonalidade do vestido. Me olhei no espelho e gostei do que vi, passei um baton vinho para destacar e eu estava perfeita!
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Fomos para um restaurante muito chique, vários talheres sobre a mesa, lustres grandes e com baixa luz, música de fundo suave e garçons vestidos de branco com ternos pretos.
- Esses caras parecem pinguins ambulantes. - falou Jhimmi achando graça. Eu ri.
Nós sentamos, rimos, jantamos, Jhimmi e eu ouvimos mamãe falar sobre sua promoção e como uma tal de Agatha que trabalha na empresa já faz doze anos e ficou morrendo de ciúmes e sempre mantendo pose de durona. Jhimmi falou sobre o dia dele na escola e que como foi um bom aluno ganhou duas estrelas douradas, enfim, foi uma noite muito divertida, poderíamos ficar ali por horas conversando.
Mamãe foi pagar a conta e Jhimmi estava cochilando na cadeira. Carreguei ele até o carro e o prendi no cinto de segurança do banco de tráz, mamãe entrou no carro e puxou o cinto também.
A pista estava deserta e molhada,e logo á frente um homem de capacete estava puxando uma moto para o acostamento liberando o centro da pista.
- Ele parece estar precisando de ajuda. - eu disse, e parei o carro proximo ao motociclista.
- Precisa de ajuda? - minha mãe perguntou.
- A corrente da moto soltou, preciso de uma carona para casa, amanhã dou um jeito nessa belezinha. - ele deu dois tapinhas na moto. Mamãe me olhou e eu olhei pra ela de volta, não poderíamos ignorar a hipótese de que ele podia ser um sequestrador, ou um assassino daqueles que abordam na beira da estrada fazendo as pessoas sentirem dó da sua situação.
- Acho que podemos ajudar. - eu disse ainda olhando pro olhar da minha mãe em mim.
- Olha. - disse o motociclista tirando o capacete - Meu nome é Noah, sou uma pessoa comum que esta pedindo ajuda na beira da estrada, estou desarmado e moro com a minha mãe. Por mim vocês podem me amarrar e me arrastar até minha casa que vai continuar sendo uma forma de ajuda. - Ele riu.
- Okay Noah. - tirei o cinto e sai do carro. - Nós vamos te amarrar e te levar em casa. - nós rimos. - Prazer, Kristen. - ele apertou minha mão. Mamãe desceu do carro.
- E eu sou Nora. - ela esticou a mão e ele também a cumprimentou.
- Então vamos, - eu disse. - Sua moto vai ficar bem ?
- Vai sim, não é a primeira vez que ela me deixa na mão. Amanhã eu volto pra guinchar ela.
Entramos no carro. Noah se sentou do lado de Jhimmi que ainda dormia. Liguei o carro e ouvi um som muito alto, uma busina talvez. Olhei para frente e uma luz muito forte me fez forçar as vistas para ver o que estava acontecendo.
Um caminhão desgovernado na contra-mão estava vindo na nossa direção businando freneticamente. Mamãe e eu saímos rapidamente do carro e vi Noah abrir a porta do carro abraçado com Jhimmi, e antes que eles pudessem sair o caminhão de 3 toneladas subiu em cima do meu carro, arrastando-o na estrada deixando estilhaços de metal pelo caminho até parar completamente.
