Noah foi direto para sala de cirurgia. Minha mãe estva na sala de espera com os olhos vermelhos e inchados.
- Como esta o Jhimmi? - perguntei
- Não sei ainda. Estou muito preocupada querida, levaram ele pra emergência e mandaram eu aguardar aqui.
- Calma - Eu abracei ela - ele vai ficar bem, só temos que esperar.
- E o motociclista? Esta bem? - minha mãe enxugou os olhos e se sentou.
- Ele foi pra sala de cirurgia, parece que o braço dele não está nada bem.
Observamos um médico que vinha com uma prancheta na mão. Ele era pequeno, bem pequeno na verdade, devia ter 1,48 de altura.
- Nora Foster?- Sou eu. - minha mãe ficou de pé o mais rápido possível. Acho que ela ainda não tinha percebido que o médico era praticamente do tamanho de um doende.
- Sou o Dr. Roger - eles trocaram apertos de mãos - Mas sou mais conhecido como Dr. Loompa, talvez por causa do meu tamanho. - ele riu e nós também. Minha mãe sentou pra ficar da mesma altura que o Dr. Loompa, eu continuei de pé e cruzei os braços.- Bem, sou o pediatra que acabou de examinar seu filho - ele deu uma olhada na prancheta - Jhimitre Foster , e tenho notícias desagradáveis. Ele quebrou as duas pernas, mas só está inconsciente por causa do susto e da pancada que ele levou na cabeça, que graças a Deus, não causou nenhum traumatismo. Seu filho está sendo encaminhando para sala de cirurgia nesse momento, creio que a operação demore algumas horas, portanto se as senhoras quiserem ir para casa tomar um chá, descansar um pouco, e voltar pela manhã fiquem a vontade.
- Ele vai ficar realmente bem? - disse minha mãe entre soluços - Ele vai ficar vivo?
- Sim, ele não corre risco algum de morte, e pela manhã ele vai estar totalmente consciente.
- Obrigado Dr.
O Dr. Loompa saiu pelo mesmo corredor de onde veio. Eu estava pasma, abatida, e com uma vontade imensa de chorar, mas minha mãe já estava desesperada e preocupada de mais com Jhimmi, e eu tinha que ser forte.
- Vamos querida, voltamos pela manhã.
- Eu não posso ir. Preciso de notícias do Noah.
- Ele também ficará bem, precisamos descansar. - me sentei do lado dela - Ele pediu para que a gente ficasse com ele. E se ele sair primeiro que o Jhimmi? O que ele vai pensar? - ela levantou e pegou a bolsa.
- Vou chamar um táxi pra me levar para casa. - minha mãe não queria ficar só, mas também não queria ficar no hospital sem ter o que fazer.
- Tudo bem. Me liga.- ela me deu um beijo na testa.
- Me liga. - repetiu enquanto pegava o corredor para a saída.
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Já tinha se passado 2 horas e nenhuma notícia de Noah.
- Com licença. - chamei a enfermeira que estava atrás do balcão concentrada lendo uns papéis com o óculos na ponta do nariz.
- Olá. Posso ajudar? - ela foi bem simpática.
- Eu cheguei aqui com um amigo, e ainda não tive notícias do estado dele.
- Qual o nome dele?
- Noah, não sei o sobrenome.
- Faz quanto tempo que vocês chegaram?
- Duas horas e meia. - Temos um Noah sim. Foi direto pra cirurgia, certo?
- Sim.
- Vou chamar o Dr. que cuidou da ficha dele e ver se ele pode te ajudar.
- Tudo bem, obrigado.
Voltei para a sala de espera e sentei, esperei 15 minutos e cochilei.
