Caro diabo

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Datilografei uma carta para o inferno, ela descrevia como estavam indo meus dias. O diabo havia me escrito mais uma centena de cartas idiotas, mas eu gostava do diabo, ele era diferente dos outros, era original. Sua imagem tinha sido destruída e aparentemente isso acabou com ele, mais alguns papos sobre Jesabel e me perguntou como estava indo.

"Caro diabo, eu nunca me senti tão sozinho, tão triste e tão feliz ao mesmo tempo, eu percebi que realmente odeio as pessoas. Então sim, eu estou bem."

Ele me respondeu dias depois, sua carta era quente e o envelope  vermelho sangue.

"Diabos, por que você acha que eu torturo os humanos? Vocês me dão nojo.

Mas você é diferente garoto, tenho certeza que nos veremos mais tarde."

Botei sua carta na mesa e me deitei no banco sujo de concreto, estava quente e uma mosca pousou em minha perna.

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