Chapter 7
O jogo chega ao fim.
- Eu? E que provas tens tu contra mim?
Tal com o observador Mordomo lhe tinha contado, Aniversariante explicava agora àqueles que a ouviam atentamente a sua teoria.
- Cantora bebeu demais e começou a atirar-se a todos os homens à sua volta que achava atraentes e interessantes. Depois de lhe terem dado uma aspirina ela sentiu vontade de ir à casa de banho. No corredor cruzou-se com Ator e apesar de todas as coisas que tinha contra ele não pode negar a sua atração por um homem bonito. Ator ficou sem saber como agir e deixou-se puxar por Cantora para a biblioteca onde iriam viver a sua pequena aventura. Afinal Ator é um homem e Cantora consegue ser bastante persuasiva quando quer. Os sons que deixaram o Jogador... "alegre", foram esses mesmos. Durante a sua diversão Cantora puxou o fio que Ator usava ao pescoço, sufocando-o. Mesmo que sem intenção ela matou-o. Satisfeita voltou para a sala e só mais tarde quando a aspirina fez efeito é que se deu conta das suas ações. Desde que nos começamos a acusar e interrogar que ela ataca ferozmente e se defende com garras e dentes.
- E o fio? Ator não tinha nenhum quando o encontramos. – quis saber Cientista.
- Cantora?
Cantora retirou de dentro da camisola uma fina corrente de outro.
- Eu bem me parecia que te querias livrar de algo. Afinal o assassino és tu! – exclamou Empresária.
- Eu...Eu... Não, eu não queria... - tentou-se desculpar Cantora bastante tremente.
- Não te preocupes. Eu ainda não terminei a minha teoria. – ficaram espantados e escutaram-na com atenção – Cantora não tem toda a culpa. Sim, ela é a assassina, mas cometeu o crime involuntariamente. Ora vejam, ao longo da noite apenas duas pessoas beberam ponche em grandes quantidades. E ambos ficaram com algumas tentações carnais. O que me parece a mim é que alguém pôs alguma coisa no ponche que os deixaram assim. E ao facto da desorientação que sentiste Cantora é devido ao medicamento que deve ter sido misturado com algo mais e que te fez perder ainda mais a lucidez.
- Sendo assim...
- Já percebeste Empresária? Sim é isso mesmo. O autor por trás do esquema todo é Mordomo.
Este que se mantinha à porta da biblioteca bateu palmas enquanto deslizou para o lado de Aniversariante.
- Está certo. Eu sou o assassino, pelo menos o cérbero. Mas como descobriste?
- Quando me chamas-te à parte e me contas-te o que descobriste, percebi algumas falhas e deslizes no que dizias.
- Muito bem, nunca pensei que me pudesses apanhar.
- Ator. – chamou Aniversariante. – Já te podes levantar.
Ator abriu os olhos e sorriu. Estendeu as mãos para que o ajudassem a levantar.
- Estava a ver que tinha de ficar aqui a noite toda. Demoraram bastante.
- Aqui o Mordomo ao que parece é um mestre do crime.
- Pois ele sempre teve esse ar, não é?
- Então sendo assim foi a Aniversariante que ganhou o jogo. Quem diria...
- Ei! – exclamou ultrajada Aniversariante.
Riram-se e voltaram para a sala onde partiram o bolo e se deliciaram com a fonte de chocolate.
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Ensaio De Um Jogo De Morte
RandomUma envolvente festa de aniversário. Todos os convidados têm certas peculiaridades. A festa vai bem até que um corpo surge. Ninguém entrou. Ninguém saiu. O culpado ainda está entre eles. Quem será o autor de tal atrocidade? Uma curta história inspir...